PERSISTÊNCIA DA DENGUE NO BRASIL: A CULPA É DO MOSQUITO?

Autores

  • Liliane Cunha de Sá Launé Universidade Federal Fluminense https://orcid.org/0000-0003-3719-6900
  • Flavio Fernando Batista Moutinho Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia2070421

Palavras-chave:

Determinantes, Vulnerabilidade social, Grupos de risco

Resumo

As atuais ações governamentais estão focadas no controle do vetor e na participação comunitária, mostrando-se insuficientes. O estudo teve como objetivo fazer uma revisão crítica dos trabalhos mais recentes publicados, através de revisão narrativa sobre as possíveis causas da persistência da dengue no Brasil. Além das variáveis ambientais como pluviosidade e temperatura, a violência estrutural provocada pelo crescimento populacional, pobreza e urbanização não planejada também estão entre as causas apontadas para a manutenção da doença. A dengue foi relacionada ainda à vulnerabilidade social, sendo mais prevalente na classe socioeconômica mais baixa, menor escolaridade, e associada a grupos de maior risco de contrair a doença, tais como perspectiva de gênero, etnia, gestantes e idosos. Os achados desta revisão sugerem que, existe uma “população alvo”, ou seja, que tem maior probabilidade de contrair a doença. 

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Biografia do Autor

Flavio Fernando Batista Moutinho, Universidade Federal Fluminense

É Médico Veterinário; Geógrafo; Administrador de empresas; Mestre em Ciência Ambiental; Doutor em Medicina Veterinária; Professor Adjunto na Universidade Federal Fluminense e Médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói, RJ.

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Publicado

11-12-2024

Como Citar

LAUNÉ, L. C. de S.; MOUTINHO, F. F. B. PERSISTÊNCIA DA DENGUE NO BRASIL: A CULPA É DO MOSQUITO?. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 20, p. e2086, 2024. DOI: 10.14393/Hygeia2070421. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/70421. Acesso em: 21 dez. 2024.

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Artigos