SABERES TRADICIONAIS, BIODIVERSIDADE, PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO SUS
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia153146605Palavras-chave:
Biodiversidade, Conhecimento tradicional, Plantas medicinaisResumo
O artigo tem como objetivo apresentar o uso de plantas medicinais no âmbito da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares implementada no Sistema Único de Saúde desde 2006. Realizamos uma ampla revisão bibliográfica do tema, sobretudo na área da geografia da saúde, bem como a consulta a documentos produzidos e distribuídos pelo Governo Federal, através do Ministério da Saúde. Conforme resultados, a prática do uso das plantas medicinais é fortemente recomendada pelos organismos internacionais e a sua institucionalização através Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos valoriza sobremaneira os saberes tradicionais no cuidado à saúde adquiridos ao longo dos séculos. O fato das pesquisas cientificas comprovarem através de métodos da medicina moderna a eficiência no uso das plantas medicinais reforça tais saberes no uso dessas plantas nas unidades atenção à saúde básica. Outro aspecto satisfatório é proporcionar um maior conhecimento da biodiversidade do país haja vista que as plantas utilizadas no tratamento a doentes serem regionalizadas. Assim, o uso das plantas medicinais na atenção à saúde básica implica numa forma de tratamento médico diferenciado da medicina praticada atualmente, que se baseia amplamente em métodos cientificistas onde a tecnologia se sobressai à prática médica fundamentada na precaução e prevenção.
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