TESTE DE MICRONÚCLEO E ESTERASES COMO BIOMARCADORES DOS EFEITOS GENOTÓXICOS DA CIPERMETRINA

Autores

  • JO MOREIRA-NETO, JF MOREIRA NETO BOLSISTA FAPEMIG/UFU 2008/2009

Resumo

Recentemente, tem havido uma tendência de substituição do uso dos inseticidas organofosforados e organoclorados pelos inseticidas piretróides. As implicações ecológicas deste deslocamento em grande escala na aplicação do insecticida se devem ao fato dos piretróides apresentarem baixa toxicidade aos mamíferos quando comparados aos organofosforados. Ao atingir os ambientes aquáticos, os piretróides atingem os peixes, predadores naturais das larvas de A. aegypti, que são particularmente sensíveis a esse tipo de composto. Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos de tratamentos de curta (96 h) e longa (28 dias) duração com o inseticida piretróide Cipermetrina em peixes da espécie Poecilia vivipara, por meio do Teste de Micronúcleo e da análise de esterases. Os resultados obtidos pelo Teste de Micronúcleo revelaram não haver diferenças entre as taxas de micronúcleos dos grupos controle (não expostos à Cipermetrina) e Tratados (expostos à Cipermetrina) tanto nos tratamentos de curta, quanto nos de longa duração (para o tratamento de curta duração, F= 0.8756, P= 0,53; para o tratamento de longa duração, F= 0.6718, P= 0.69). A análise da atividade esterásica no gel de poliacrilamida revelou as bandas EST-1 e EST-2 que foram detectadas em todos os tempos de exposição, tanto no tratamento de curta quanto no de longa duração. Os valores de densidade óptica de EST-2 (classificada como uma carboxilesterase) nos grupos tratados sofreram um incremento significativo em relação aos grupos controle durante os tratamentos de curta e longa duração, apresentando maior índice após 21 dias de exposição (F= 342,4690; P< 0,001). Os resultados do Teste de Micronúcleo revelaram que a Cipermetrina não apresenta efeito clastogênico nas condições utilizadas no experimento. O incremento na atividade da EST-2, classificada como uma carboxilesterase, ao longo dos tratamentos pode ser explicado pela propriedade detoxificativa das carboxilesterases.

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Publicado

2010-02-26

Edição

Seção

Biologia Vegetal