A POESIA DE MÁRIO DE ANDRADE EM DIÁLOGO COM DOIS POETAS CONTEMPORÂNEOS: CARLOS FELIPE MOISÉS E ROBERTO PIVA.

Autores

  • Helen Cristine Alves Rocha Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Palavras-chave:

poesia, intertextualidade, geração de 60.

Resumo

Neste projeto, objetivamos mostrar a apropriação que Roberto Piva, e Carlos Felipe Moisés, fazem de Mário de Andrade, e de sua obra Paulicéia desvairada (s/d), tanto no poema intitulado "No Parque Ibirapuera", da obra Paranóia (2000), de Piva, como no poema de Moisés: "Mário de Andrade em San Francisco" (2000). Assim, lemos criticamente a poesia de Mário de Andrade relacionando-a com autores contemporâneos, principalmente sua máscara Arlequinal. Além disso, procuramos ler, analisar e interpretar com mais acuidade e olhar crítico a obra Paulicéia desvairada (s/d); interpretar as obras de Carlos Felipe Moisés e Roberto Piva, sob a contextualização da chamada geração de 60; estudar e analisar as especificidades da poesia modernista de Mário de Andrade; observar detidamente as relações intertextuais entre os poetas contemporâneos e a poesia modernista. Como obras básicas para a compreensão da poesia de Mário de Andrade, elencamos João Luiz Lafetá e Antonio Candido. Para a leitura dos poetas contemporâneos, tivemos o auxílio da obra de Susana Scramin; Cláudio Willer; da antologia organizada por Carlos Felipe Moisés; do relatório de pós-doutorado de João Carlos Biella. Lemos ainda Giorgio Agamben. Como metodologia, participamos de orientações semanais, seminários, simpósios, palestras sobre literatura, história, filosofia e cultura. Buscamos situar Mário de Andrade, Carlos Felipe Moisés e Roberto Piva em seus tempos histórico, social e cultural, além de revisão dos estudos críticos em torno desse tema; fichamos as obras que tratam de intertextualidade, e da especificidade da poesia modernista de Mário de Andrade; textos críticos de teoria e história literária. Contudo, observamos que o novo sistema cultural pós 1930 não significa cortar as linhas que articulam sua literatura com o Modernismo, mas ver novas configurações históricas que exigem novas experiências artísticas, como a de Piva e Moisés. Esses autores se mostram como agentes da ruptura (com modelos de escrita passados) na contemporaneidade, além de serem plurais e multifacetados esteticamente. Nota-se que eles se apropriam da figura de Mário de Andrade, e de sua máscara Arlequinal e, mais ainda, coabitam e coexistem com ele em seus poemas.

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Biografia do Autor

Helen Cristine Alves Rocha, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Cursando Letras - Licenciatura Plena em Língua Portuguesa. Desenvolvi projeto de Iniciação Científica nas áreas de Literatura e Linguística.

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Publicado

2014-12-04

Edição

Seção

Lingüística e Letras