Sentidos do signo 'autonomia' na discursividade acadêmico-científica da Linguística Aplicada

Autores

  • Polyana Souza Santos UFU

Palavras-chave:

1. Linguística Aplicada. 2. Análise do Discurso. 3. Ensino-aprendizagem de língua estrangeira. 4. Autonomia.

Resumo

Este trabalho apresenta os resultados de um projeto de Iniciação Científica, que teve como principal objetivo verificar os possíveis sentidos do signo 'autonomia' em artigos acadêmico-científicos na área de Linguística Aplicada. A pesquisa procurou delinear também, a concepção de sujeito subjacente a este conceito, bem como identificar as movências ou deslocamentos do mesmo no período de dez anos de estudo. Para que esta pesquisa fosse possível, articularmos questões da Lingüística Aplicada (LA), da Análise do Discurso de Linha Francesa (ADF) e da Análise Dialógica do Discurso (ADD). Nosso conceito de signo se apóia na tese Bakhtin/Voloshinov (1999:29) de que "tudo que é ideológico é um signo. Sem signos não existe ideologia". Nesse sentido, utilizamos para a análise desse estudo duas instâncias de análise: Dispositivo Matricial e Dispositivo Axiomático, no qual focalizamos os sentidos que emergem dos dizeres enunciados nos artigos selecionados. A partir das análises percebemos que as instâncias enunciativas sujeitudinais (IES) constroem sentidos diversos acerca do signo autonomia, a saber: i) O signo 'autonomia' e sua significação atribuída ao sujeito-aluno; ii) O signo 'autonomia' e sua significação atribuída à relação professor-aluno; iii) O signo 'autonomia' e sua significação atribuída à exterioridade da sala de aula. Notamos que as instâncias-enunciativas significam o conceito de autonomia de acordo com suas filiações e inscrições teórico-histórico-ideológicas e que, finalmente, apesar da movência de sentidos presente na significação do conceito, o signo autonomia é ainda claramente perpassado pelo cognitivismo.

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Publicado

2012-09-29

Edição

Seção

Lingüística e Letras