APLICAÇÕES DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: AS FALSIFICAÇÕES DE ARTE DE VAN MEEGEREN

Autores

  • Antonio Carlos Evangelista UFU

Palavras-chave:

Modelagem matemática, equações diferenciais ordinárias, datação química, decaimento radioativo.

Resumo

Este trabalho visa integrar matemática e alguns conhecimentos químicos para datação de obras de arte. Para tanto, faz-se uso da modelagem matemática através das Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs). O caso em análise tem como objeto de estudo o quadro pintado por Meegeren em meados da década de 30, "Cristo e os discípulos em Emaús", que fora atribuído originalmente como uma autêntica obra de Vermeer - um consagrado pintor Holandês do século XVII. Por algum tempo, Meegeren consegui manter a farsa, convencendo até a crítica de maior prestígio; o que evidencia o seu talento artístico. Com essa habilidade Meegeren enriqueceu, acabou fazendo negócios com os nazistas l; após o fim de guerra foi acusado de traidor da pátria por enriquecimento ilícito e negócios com os invasores. Para escapar dessas acusações, Megeeren, cuja pena era a morte, assumiu que era um falsário e dessa forma fizera sua fortuna por meio da venda de quadros falsificados "legítimos". Porém, nem todos se convenceram de sua alegação principalmente aqueles que validaram suas falsificações e as compraram como autênticas. Essa farsa perdurou até 1967 quando cientistas da Carnegie Mellon University provaram, com artifícios de datação de obras antigas, através de análise de decaimento radioativo, o qual usa aplicações de equações diferencias, que a obra em questão não podia ser do século XVII. Esse trabalho foi realizado sob a metodologia de análise de equações ordinárias separáveis e lineares (para o decaimento radioativo); a partir daí modelagem da concentração Pb210 por meio de algumas fontes ensaios químicos laboratoriais; e por fim o julgamento sobre a veracidade ou não da obra com base na mineralogia da série de decaimento do U238. Por tudo isso, esse trabalho científico foi fundamental para elucidar como que a matemática abraçada com outras áreas do conhecimento natural serve de ferramenta para entender e manipular o mundo ao redor de maneira eficiente, e técnica, observando-se os aspectos qualitativos e quantitativos de determinado fenômeno natural, em uma linguagem que estima alcançar o público da tanto os alunos da graduação quanto o público do ensino médio

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Biografia do Autor

Antonio Carlos Evangelista, UFU

Faculdade de Engenharia Civil, porém orientador da Faculdade de Matemática

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Publicado

2011-12-14

Edição

Seção

Matemática