Breve história das jornadas de junho: uma análise sobre os novos movimentos sociais e a nova classe trabalhadora no Brasil

Autores

  • Josué Medeiros

Resumo

Em junho de 2013, o Brasil viveu uma onda de protestos gigantescos que foram chamados de jornadas de junho. As manifestações começaram contra os reajustes das tarifas do transporte municipal, mas logo o movimento extrapolou essa temática, abordando todos os problemas da sociedade brasileira. O sistema político foi abalado, a popularidade dos governantes despencou, as redes sociais foram os principais instrumentos de mobilização, e novos movimentos sociais apareceram na arena pública. Quem são esses jovens? O que eles querem? Por que agora? São algumas das interrogações com as quais o artigo dialoga, com base em três hipóteses: do ponto de vista dos eventos, as jornadas de junho são resultado da combinação do aumento do valor das passagens do transporte municipal em pleno funcionamento do ano letivo de escolas e universidades com a truculência repressiva da Polícia Militar; no aspecto estrutural, as jornadas de junho podem ser relacionadas com o debate acerca da nova classe social que teria surgido no Brasil pós-governo Lula, que alguns chamam de nova classe média e outros de nova classe trabalhadora; por fim, as jornadas de junho podem ser vistas enquanto um momento de afirmação de novas formas de organização coletiva, com base em uma análise das concepções e práticas do Movimento Passe Livre de São Paulo, que esteve à frente dos primeiros protestos.

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Biografia do Autor

Josué Medeiros

Doutorando em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Socais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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Publicado

2015-02-04

Como Citar

MEDEIROS, J. Breve história das jornadas de junho: uma análise sobre os novos movimentos sociais e a nova classe trabalhadora no Brasil. Revista História & Perspectivas, [S. l.], v. 27, n. 51, 2015. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/view/28888. Acesso em: 8 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Trabalhadores, Culturas e Movimentos Sociais