As elites contra a democracia: a concepção minimalista no campo hegemônico da teoria democrática
Palavras-chave:
Democracia, Elites, SociedadeResumo
Neste artigo apresentamos de maneira resumida algumas das principais questões levantadas pela abordagem hegemônica da teoria democrática, tributária da virada webero-schumpeteriana e formuladora de uma concepção minimalista que operou verdadeira domesticação do ideal democrático ao buscar harmonizar a relação improvável entre a democracia e as elites. Para isso, como tentaremos evidenciar, legitima as desigualdades no acesso aos recursos de poder, opera verdadeiro rebaixamento da participação política e confere à apatia política centralidade na manutenção da estabilidade institucional. Para a melhor compreensão dessa perspectiva trataremos duas de suas principais correntes: o elitismo competitivo e o "pluralismo". Buscaremos evidenciar o caráter de continuidade entre essas duas versões do campo hegemônico.
Downloads
Referências
ALMOND, G. e S. VERBA. The civic culture. Political attitudes and democracy in five nations. Boston, Litle/Brown, 1965.
AVRITZER, Leonardo. Teoria Democrática e Deliberação Pública. Lua Nova Revista de Cultura e Política, n. 50, São Paulo, pp. 25-46. 2000.
BACHRACH, Peter. Crítica de la teoría elitista de la democracia. Buenos Aires: Amorrortu [1967], 1973.
BACHRACH, Peter; BOTWINICK, Aryeh.Power and Empowerment: A Radical Theory of Participatory Democracy. Philadelphia: Temple University Press, 1992.
BOBBIO, Norberto. Qual socialismo? Discussão de uma alternativa. 2ª ed. Trad. Iza de Salles Freaza. São Paulo: Paz e Terra, 1983.
BOTTOMORE, Thomas B. As elites e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.
DAHL, Robert. Análise Política Moderna. Brasília. Ed. Universidade de Brasília, 1981.
DOWNS, Anthony. Uma Teoria Econômica da Democracia. São Paulo: EDUSP, 1999.
ELSTER, John. O mercado e o fórum: três variações na teoria política. . In: WERLE, Denílson Luiz; MELO, Rúrion Soares (orgs). Democracia Deliberativa. São Paulo: Editora Singula
FINEY, Moses -Democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1978.GARCIA, José. González. (1988). Crítica de la Teoria Económica de la Democracia, in GARCIA, José. González; CASTRO, Fernando Quesada. Teorias de la democracia. Barcelona: Anthropos.
HADDAD, Fernando. O mercado no fórum (uma teoria econômica da demagogia). In: Lua Nova, nº 50. São Paulo, 2000.
HELD, David. Modelos de democracia. Belo Horizonte: Paidéia, 1987.HIRST, Paul. A democracia representativa e seus limites. Tradução: Maria Luiz X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992.
MACPHERSON, C. B. A Democracia Liberal: origens e evoluções. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
MAGALHÃES, Bruno Dias. A evolução dos Modelos Democráticos. Encontro da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Administração, 36º, 2012, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro.
MIGUEL, Luís Felipe. A democracia domesticada: bases antidemocráticas do pensamento democrático contemporâneo. Dados, v.45, n.3, 2002.
MOSCA, G. e BOUTHOUL, G. História das Doutrinas Políticas. Rio de Janeiro, Editora Zahar, 1980.PATEMAN, Carole. Participação e teoria democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1992.
SANTOS, Boaventura Souza. (ORG.) Democratizar a Democracia: os caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2002.SARTORI, Giovanni. Teoria Democrática. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura: 1965.
VITULLO, G. E. Teorias Alternativas de democracia: uma análise comparada. Dissertação de mestrado, PPGCP/UFRGS. Rio Grande do Sul, 1999.
WEBER, Max. A Política como Vocação. In: WEBER, Max. Ciência e Política, Duas Vocações. São Paulo: Editora Cultrix, 1996.