PASSAGENS PARA O CAPITALISMO: A SOCIOLOGIA HISTÓRICA DE MARIA SYLVIA DE CARVALHO FRANCO

Autores/as

  • Pedro Faria Cazes

Palabras clave:

, Maria Sylvia de Carvalho Franco, Interpretações do Brasil, Sociologia histórica, Capitalismo, Tradição, Modernidade.

Resumen

O presente artigo busca reconstituir analiticamente alguns aspectos da intervenção de Maria Sylvia de Carvalho Franco nos debates sobre a formação da sociedade brasileira, particularmente no que diz respeito à sua crítica às leituras "dualistas" do país. Através da discussão sobre a articulação entre ordem pessoalizada e capitalismo em Homens Livres na Ordem Escravocrata (1969), buscaremos delinear o perfil teórico da sociologia histórica envolvida em sua análise. Recusando o diagnóstico de uma "ordem tradicional", o trabalho de Franco conecta o "código do sertão" com os princípios de orientação da conduta típicos do capitalismo, problematizando as visões mais "otimistas" sobre o "desenvolvimento", em que o moderno aparecia limitado por uma "irracionalidade" ligada ao passado "patrimonialista" e "estamental". Assim, poderemos discutir a ideia de processo social envolvida em seu trabalho, em que a perspectiva de totalidade se articula com uma valorização das conexões de sentido contingentes, trazendo à luz uma relação entre "local" e "universal", ou entre "particular" e "geral" que continua nos interpelando para enfrentar os desafios contemporâneos de uma sociologia crítica.

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Biografía del autor/a

Pedro Faria Cazes

Mestre em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFRJ) e professor de sociologia para o Ensino Médio das redes pública e particular no Rio de Janeiro

Publicado

2015-01-29