COMO NASCEM AS ETNOGRAFIAS?
Um estudo de campo de uma etnógrafa autista na cena da cultura de baile/ballroom em Goiânia/GO
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCS-v14n1-2025-80074Keywords:
Etnografia autista, Autismo, Redes de afeto, VivênciasAbstract
Analiso as contribuições das/os interlocutoras/es no desenvolvimento do meu trabalho de campo na cena da Cultura de Baile/Ballroom, na cidade de Goiânia, capital do Estado de Goiás. Por meio da minha corporalidade, apresento o desenvolvimento da minha produção acadêmica, que denominei de etnografia autista. Assim, minha experiência em campo também foi produto de análise. Para fundamentar este trabalho, utilizei a teoria da antropóloga Jeanne Favret Saada (2005), em seu artigo “Ser afetado”, trazendo a minha vivência em campo como etnógrafa autista exposta a inúmeros estímulos sensoriais, como barulhos, luzes, superlotação, entre outros. Dessa forma, discuto como as redes de afeto e os suportes influenciaram o desenvolvimento do meu trabalho de campo e a minha experiência como pesquisadora.
References
ABU-LUGHOD, Lila. A escrita contra a cultura. Equatorial, v. 5, n. 8, jan/jun 2018.
DAMÁSIO, Ana Clara. Isso não é uma autoetnografia!. Mediações-Revista de Ciências Sociais, p. 1-14, 2022. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/46479. Acesso em: 18 ago. 2023.
FAVRET-SAADA, Jeanne; SIQUEIRA, Paula. “Ser afetado”, de Jeanne Favret-Saada. Cadernos de Campo (São Paulo-1991), v. 13, n. 13, p. 155-161, 2005.
HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue. Antropologia do ciborgue. Belo Horizonte: Autêntica, p. 33-118, 2000.
JANUÁRIO, Brendaly Santos de Freitas. Entre Mães, Filhas, Casas e Autismo: uma etnografia autista da cena da Cultura de Baile/Ballroom em Goiânia/GO, sob o olhar de uma socióloga no Espectro Autista. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/items/a6ae2c13-0f10-41f5-ac65-e0ac10c4efbc. Acesso em: 20 nov. 2024.
MELLO, Anahí Guedes de. Olhar, (não) ouvir, escrever: uma autoetnografia ciborgue. Tese de Doutorado em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/215355/PASO0498- T.pdf?sequence=-1&isAllowed=y. Acesso em: 03 ago. 2023.
SILVA, Icaro Ribeiro. Narrativas de bixas e travestis pretas: teorias e a cultura de baile na grande Goiânia. 2022. 143 f. Dissertação (Mestrado em Performances Culturais) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2022. Disponível em: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12129. Acesso em: 08 jun. 2023.
VIEIRA, Suzane de Alencar. Força e vulnerabilidade: lições de etnografia e feitiçaria na obra de Jeanne Favret-Saada. MANA (RIO DE JANEIRO. ONLINE), v. 27, p. 1-26, 2021.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Brendaly Santos de Freitas Januário

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.

