COMO NASCEM AS ETNOGRAFIAS?

Um estudo de campo de uma etnógrafa autista na cena da cultura de baile/ballroom em Goiânia/GO

Authors

  • Brendaly Santos de Freitas Januário Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCS-v14n1-2025-80074

Keywords:

Etnografia autista, Autismo, Redes de afeto, Vivências

Abstract

Analiso as contribuições das/os interlocutoras/es no desenvolvimento do meu trabalho de campo na cena da Cultura de Baile/Ballroom, na cidade de Goiânia, capital do Estado de Goiás. Por meio da minha corporalidade, apresento o desenvolvimento da minha produção acadêmica, que denominei de etnografia autista. Assim, minha experiência em campo também foi produto de análise. Para fundamentar este trabalho, utilizei a teoria da antropóloga Jeanne Favret Saada (2005), em seu artigo “Ser afetado”, trazendo a minha vivência em campo como etnógrafa autista exposta a inúmeros estímulos sensoriais, como barulhos, luzes, superlotação, entre outros. Dessa forma, discuto como as redes de afeto e os suportes influenciaram o desenvolvimento do meu trabalho de campo e a minha experiência como pesquisadora.

Author Biography

  • Brendaly Santos de Freitas Januário, Universidade Federal de Goiás

    Doutoranda em Antropologia Social (UFG), mestre em Sociologia (UFG), bacharel em Direito pelo Centro Universitário de Goiás - UNIGOIÁS. É pesquisadora do LEX - Laboratório de Experimentações Etnográficas e Marcadores Sociais da Diferença desde 2022. Estudiosa das áreas de Identidade de Gênero, Transgeneridade, performances culturais e dos estudos sobre as deficiências, como o Transtorno do Espectro Autista. Dissertação produzida "Entre Mães, Filhas, Casas e Autismo: uma etnografia autista da cena da Cultura de Baile/Ballroom em Goiânia/GO, sob o olhar de uma socióloga no Espectro Autista". 

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Published

2025-12-13