Os jovens da jovem

A questão geracional em uma torcida organizada de futebol

Autores

  • Marco Aurélio Paz Tella Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Phelipe Caldas Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCS-v9n2-2019-56651

Palavras-chave:

Botafogo-PB, torcidas, juventude, fases da vida, antropologia das práticas esportivas

Resumo

O artigo aborda algumas práticas de grupos de torcedores da Torcida Jovem do Botafogo-PB. Analisamos como a torcida se organiza a partir de delimitações geracionais, entre jovens e adultos dentro e fora do Estádio Almeidão. Procuramos analisar as torcidas organizadas a partir de sua diversidade geracional, racial e econômica em seus espaços de atuação e práticas, às vezes visíveis, às vezes nem tanto. A partir de um olhar rasante, de um ponto de vista etnográfico – trabalho de campo realizado entre maio de 2017 e agosto de 2018 –, sobre torcidas organizadas e distintas formas de torcer, discutimos como práticas de torcedores instigam reflexões sobre processos existentes de fluidez e rigidez das linhas fronteiriças geracionais em nossa sociedade. O foco do nosso artigo é a prática daquilo que vamos chamar de “performance do vai e vem”, realizada pela torcida organizada e caracterizada pela harmonia e beleza dos cânticos e movimentos corporais, assim como pela intimidação que desejam provocar nos torcedores adversários. Pretendemos demonstrar como aqueles torcedores que praticam a performance são protagonistas de uma dinâmica tipicamente juvenil, delimitadora de fronteiras com os mais velhos, na contramão de processos em que as fronteiras geracionais estão cada vez mais fluidas, mescladas e imprecisas.

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Biografia do Autor

Marco Aurélio Paz Tella, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP. Professor associado do curso de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPB. Coordenador do Grupo de Pesquisa em Etnografias Urbanas (Guetu/UFPB).
Membro Rede de Estudos e Pesquisas sobre Experiências e Ações Juvenis (REAJ).

Phelipe Caldas, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSCar. Integra o Laboratório de Estudos das Práticas Lúdicas e de Sociabilidade (LELuS/UFSCar) e o Grupo de Pesquisa em Etnografias Urbanas (Guetu/UFPB). Membro da Rede Nordestina de Estudos em Mídia e Esporte (ReNEme).

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Publicado

2020-10-07