Experiências, multipertencimentos e riscos de vida
Narrativas de jovens filhos de jovens vítimas de homicídios
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCS-v9n2-2019-56087Palavras-chave:
Juventudes, Homicídios, Rotulações, Experiências, MultipertencimentosResumo
RESUMO: As últimas décadas apresentaram aumento exponencial de jovens vítimas de homicídios no Brasil, com isso, percebe-se a produção de um grupo formado por jovens que são filhos de jovens vítimas de homicídios. Nesse sentido, esse artigo tratará de reflexões sobre a memória e o esquecimento, as rotulações sociais e os multipertencimentos relacionados as identidades e experiências juvenis analisadas através da compreensão de trajetórias juvenis na contemporaneidade. Para tanto, foram realizadas entrevistas semi-diretivas e presenciais com três jovens que possuem experiências em instituições educativas e atividades laborais e que tiveram seus pais vítimas de homicídios na cidade de Fortaleza. PALAVRA-CHAVE: Juventudes. Homicídios. Rotulações. Experiências. Multipertencimentos.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. Estado de Exceção. 2ª edição. São Paulo: Boitempo, 2004.
BECKER, Howard. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. 1ª. Edição. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BENJAMIN, Walter. O Narrador. São Paulo: Abril Cultural, 1975.
BUTLER, Judith. Quadros de Guerra: quando a vida é passível de luto? 1ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
CONNERTON, Paul. Como as sociedades recordam. Oeiras: Celta Editora, 1999.
DAMATTA, Roberto. Antropologia da Saudade. In: Conta de Mentiroso. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.
DAYRELL, Juarez. A Escola "faz" as Juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educação e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p. 1105-1128, 2007.
FREITAS, Isaurora C.M; BRAGA, José Ricardo B. Os universitários viajantes: suas práticas e sociabilidades. Revista O Público e o Privado - Nº 21 - Janeiro/Junho – 2013.
HALBWACHS, Maurice. Memória Coletiva. São Paulo: Editora Vértice, 1990.
HONNETH, Axel. Luta pelo reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Editora 34, 2003.
LARROSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, Jan/Fev/Mar/Abr, 2002.
LEITE, Ingrid Lorena Silva. “É meu direito de mãe”: Narrativas de mulheres integrantes do grupo de mães do sistema socioeducativo de Fortaleza. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2018.
MADEIRA, Maria Zelma de A. Desigualdades raciais como expressão da questão social no Ceará. In: CUNHA, Aurineida; SILVEIRA, Irma Martins Moroni da. Expressões da questão social no Ceará. Fortaleza: EdUECE, 2014.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: N-1 Edições, 2011
MARINHO. Camila Holanda. Marcas do tempo: relatos sobre a morte e o luto para jovens viúvas da violência. In: BARREIRA. Irlys e BARREIRA, César. A juventude e suas expressões plurais. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
Jovens Viúvas: o universo interdito da violência urbana juvenil. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2004.
PAIS, José Machado. Culturas Juvenis. Lisboa: Imprensa Nacional. Casa da Moeda, 2003.
SANCHES, Valéria. Ao encontro de Mnemosyne: reflexões sobre a morte na periferia de São Paulo. In: Plural, USP, São Paulo, 4: 60-77, 1997.
SCHUCMAN. Lia Vainer. Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo. São Palo: Annablume, 2014.
VELHO, Gilberto. Juventudes, projetos e trajetórias na sociedade contemporânea. In: ALMEIDA, Maria Isabel Mendes de. EUGENIO, Fernanda (orgs). Culturas Juvenis: novos mapas de afeto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
