UTILIZAÇÃO DE GRAUTE COMO CAPEAMENTO DE CORPOS DE PROVA DE CONCRETO PARA ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

Autores

  • Luciano Andreatta Carvalho da Costa Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Rua 7 de Setembro, 1156 - Centro - Porto Alegre, RS CEP: 90.010-191 - Fone: (51) 3288-9000
  • Paulo Matheus Souza de Souza Fundação de Ciência e Tecnologia - CIENTEC. Rua Washington Luiz, 675 Porto Alegre - RS. CEP: 90010-460.

Resumo

O concreto de cimento Portland é um material com grande utilização na construção civil no Brasil. Assim, a sua qualidade merece uma atenção especial quando se trata de controle tecnológico. Para avaliar esse material, o teste de resistência à compressão é o mais amplamente utilizado. É convencional a utilização de corpos de prova cilíndricos com as dimensões de 10 cm por 20 cm. Devido às falhas durante o processo de moldagem, observadas na maioria dos trabalhos de construção civil, é necessário executar uma regularização na superfície do corpo de prova para minimizar possíveis falhas durante o ensaio de compressão. A revisão da literatura indica os diferentes tipos de cobertura. Os mais utilizados são: capeamento aderido -pasta de cimento ou enxofre-, capeamento não aderido (Neoprene) e o recesso superior -moagem-. Sabe-se muito pouco sobre a influência de nivelamento na resistência à compressão. É comumente utilizada a experiência dos laboratórios de concreto como um critério para definir o melhor nivelamento das bases dos corpos de prova cilíndricos. Este estudo analisou, por meio de ensaios mecânicos, ambas as amostras cobertas como nos próprios capeamentos, com uso de graute industrial -um tipo de auto concreto denso ensacado- e argamassa, usada como uma pedra angular em vários laboratórios de materiais de construção. Foram moldadas 36 corpos de prova de concreto, metade deles coberto com graute e metade com argamassa. Também foi analisada a viabilidade do nivelamento, a análise de variância -ANOVA- dos resultados de resistência, adesão e impressão de contato entre o topo e a prensa. Os resultados não mostraram diferença significativa alguma entre o uso da argamassa e o uso do graute. Além disso, concluiu-se que a resistência do capeamento não interfere na resistência dos corpos de prova. Palavras-chave: Concreto, Ensaio de Resistência à Compressão, Capeamento de Corpos de Prova de Concreto, Graute. ABSTRACT The Portland cement concrete is the most consumed input in construction in Brazil, thus its quality deserves special attention when it comes to technological control. To assess this material, the compressive strength test is the most widely used. It is conventional the use of cylindrical specimens with dimensions of 10 cm by 20 cm. Due to failures during the molding process, observed in most of the civil works, it is necessary to perform a regularization in the specimen surface, to minimize possible failures during the compressive test. The literature review showed the different types of capping. The most used are: adhered capping (cement paste or sulfur) not adhered (Neoprene) and the top recess (grinding). We know very little about the influence of capping in the compressive strength. It is commonly used the experience of the concrete labs as a criterion for defining the best leveling the bases of cylindrical specimens. This study analyzed through mechanical tests specimens capped with industrial grouting -a type of concrete self-dense bagged- and mortar, used as a capstone in several laboratories of construction materials. There were molded 36 concrete specimens, half of them capped with mortar and half with grout. It was also examined the workability of the capping, analysis of variance (ANOVA) of mechanics results, adhesion and contact print between the top and the press. The results showed no significant difference between the use of mortar and the use of grout. Furthermore, it was found that the capping resistance does not affect the strength of the test specimens. Keywords: Concrete, Compressive Strength Test, Capping Concrete Specimens, Grout.

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Biografia do Autor

Luciano Andreatta Carvalho da Costa, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Rua 7 de Setembro, 1156 - Centro - Porto Alegre, RS CEP: 90.010-191 - Fone: (51) 3288-9000

Possui graduação em Engenharia Civil (1994) e Licenciatura em Matemática (1998), pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, especialização em Edificações pela PUC (1996), mestrado (2000) e doutorado (2004) em Engenharia Civil pela UFRGS, no tema da Educação em Engenharia, tendo sido a tese premiada pelo PAPED - Programa de Apoio à Pesquisa em EAD da CAPES. Professor universitário nas área de Engenharia - Estruturas e Matemática na UERGS. De fevereiro de 2011 a dezembro de 2014 exerceu o cargo de Diretor Técnico da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Estado do RS e foi membro do Conselho Superior da UERGS. Tem experiência na área de Educação Científica e Tecnológica, com organização e capítulos de livros, artigos científicos, revisão de periódicos e editoras, bem como experiência em orientação acadêmica.

Paulo Matheus Souza de Souza, Fundação de Ciência e Tecnologia - CIENTEC. Rua Washington Luiz, 675 Porto Alegre - RS. CEP: 90010-460.

Engenheiro Civil

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Publicado

2016-07-13

Edição

Seção

Engenharia Civil