PROCESSO DE URBANIZAÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS NA ARGENTINA E NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia416920Palavras-chave:
Doença de Chagas, Complexo técnico-patogênico informacional, Geografia da SaúdeResumo
A teoria clássica dos complexos patogênicos (Sorre) revolucionou a Geografia Médica na primeira metade do Século XX. As contribuições metodológicas dessa teoria precisam ser recuperadas para a análise da situação epidemiológica gerada recentemente pela sociedade urbana. Um grande desafio é incorporar nos postulados teóricos a discussão a respeito da desigualdade social, uma vez que é necessário compreender as estratégias sociais de adaptação no perfil de saúde da população pobre e rica, cada vez mais distante socialmente no mundo contemporâneo. As estratégias r e k, características dos dois grupos humanos respectivamente, demonstram a incrível influência de aspectos informacionais que evidenciam uma mudança estrutural dos complexos patogênicos nas sociedade urbanas de tal maneira que podem ser considerados, atualmente, como complexos técnico-patogênicos informacionais. Utilizando-se de casos emblemáticos da Argentina e do Brasil para explicar esse fenômeno, os autores do presente artigo argumentam que está em curso uma progressiva urbanização do complexo patogênico da Doença de Chagas.