https://seer.ufu.br/index.php/tessera/issue/feed Téssera 2022-01-16T19:59:48-03:00 Enivalda Nunes Freitas e Souza revistatessera@gmail.com Open Journal Systems <p>A Téssera é uma revista do GT da ANPOLL "Imaginário, representações literárias e deslocamentos culturais". Edita em fluxo contínuo, com um "Dossiê" por ano, sempre com espaço para resenhas. Todos os trabalhos aqui apresentados são desenvolvidos a partir do campo dos Estudos do Imaginário, cuja base epistemológica está pautada no pensamento de Carl Gustav Jung, Gaston Bachelard, Gilbert Durand, Ernest Cassirer, Roger Caillois, Eleazar Mielietinski, Franco Crespi, Gary Greenberg, J.W. Rogerson, Joseph Campbell, K. K. Ruthven, Mircea Eliade, Jean-Jacques Wunenburger, Alberto Filipe Araújo, Ana Maria Lisboa de Mello, bem como no exercício da crítica por Pierre Brunel, Jean Burgos, Jean-Pierre Richard, Georges Poulet, dentre outros.</p> <p>Consulte com atenção as diretrizes para o autor em: <a class="moz-txt-link-freetext" href="https://seer.ufu.br/index.php/tessera" target="_blank" rel="noopener noreferrer">http://www.seer.ufu.br/index.php/tessera</a>.</p> <p> </p> https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/63532 A LINHA, O MANTO, O CRAVO, O BARCO, O ARCO, A FLECHA, A LANÇA, A FLOR, A MÁSCARA E A CABEÇA 2021-11-09T19:21:02-03:00 Ana Carolina Pedrosa Pontes anapedrosap@gmail.com <p>Guiado por Arthur Bispo do Rosário e algumas das suas mais icônicas obras de arte, o texto se tece através da linha que costura, assim como a linha que grafa. Outros elementos significantes se traçam como grafia-desenho, como presentificação e personificação de um espaço poético-performático ancestral, que modifica o processo de letramento comunitário, o <em>ethos</em> e o devir comuns, rasurando as construções imaginárias e sistemas de pensamento que se querem hegemônicos. Convoca-se manifestações culturais brasileiras como o Maracatu de Baque Solto, o Cavalo Marinho, Caretas de Acupe, Caboclinho, Guardas de Congado, Folia de Reis e Escolas de Samba, deixando que dessas emanem significantes presentes como elementos fundamentados das culturas afro-ameríndias.</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Ana Carolina Pedrosa Pontes https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/63557 COMO DAVI KOPENAWA, SENDO UM CONTADOR DE HISTÓRIAS, DÁ CONSELHOS, OU SENÃO, ENSINA A ARTE DE NARRAR A WALTER BENJAMIN? 2022-01-11T12:20:27-03:00 Brena Moura brenamoura@gmail.com <p>Davi Kopenawa, um xamã e porta-voz Yanomami contemporâneo, acredita que, se os brancos, que vivem em um mundo ignorante, conseguirem ouvir suas palavras, talvez, possam ajudar uns aos outros a evitar ou, ainda que seja, adiar a queda do céu. Walter Benjamin afirma que a arte de narrar está em vias de extinção no ensaio <em>O Contador de Histórias</em> de 1936. Para Benjamin, a arte de narrar desfaleceu na medida em que se deu o período moderno em uma analogia com a consolidação do capitalismo. Nada mais justo evocar o provérbio <em>Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. </em>Porém, Davi Kopenawa parece ir contra a tal ordem capitalista ao propor outra visão de mundo com suas narrativas cosmogônicas. Nesse sentido, este artigo pretende confrontar a figura do contador de histórias indígena ao contador de histórias moderno, proposto por Benjamin considerando não somente a arte de narrar, como também, de dar conselhos. Indo além, proponho uma reflexão sobre as palavras de Davi Kopenawa ao lançar a seguinte proposição: como Davi Kopenawa, sendo um contador de histórias, dá conselhos, ou senão, ensina a arte de narrar a Walter Benjamin? Para tal, este artigo fará uma articulação entre a textualidade indígena Yanomami e o ensaio benjaminiano para a construção de uma Teoria Literária Ameríndia como um convite para a escuta imaginativa de outros mundos possíveis.</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Brena Moura https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/63535 AS FACES INSÓLITAS DA IARA 2021-10-29T14:25:19-03:00 Daniele Mendes Sousa daniele140.dms@gmail.com Danielle da Silva Rodrigues danielle@unifesspa.edu.br Suellen Cordovil da Silva suellen@unifesspa.edu.br <p>Este artigo tem como objetivo analisar a personagem Iara no conto “A Iara do Rio Santana”, no livro “Visagens, Assombrações e Encantamentos da Amazônia” (2019), de Walcyr Monteiro (1940-2019). A Iara é uma lenda que faz parte do folclore brasileiro; sendo assim, estudaremos sob uma perspectiva do gótico, insólito ficcional e o fantástico como modo. Além disso, buscamos embasamento nos estudos de Flávio Garcia (2012), que descreve o insólito como uma categoria ficcional comum a variados gêneros literários. Já para Marisa Gama-Khalil (2019) <em>apud </em>Furtado (2011), o fantástico é entendido como um modo que agrega textos e gêneros heterogêneos por meio de um aspecto em comum: o sobrenatural, integrando o conto de fadas, o gótico, o maravilhoso, o estranho, a ficção científica e outras modalidades.&nbsp; Para complementar nossa base teórica, serão abordadas as ideias de Noël Carroll, especialmente a obra “The philosophy of horror” (1990). Também serão contempladas as obras “Folk-lore Brésilien” (1889), de Frederico José de Santa-Anna Nery e “Lendas Brasileiras” (2015) e “Geografia dos Mitos Brasileiros” (2012), de Câmara Cascudo. Dessa forma, pretendemos explorar a pluralidade que envolve as narrativas dessa personagem pelo viés gótico. Iara é um ser insólito que habita os rios amazônicos, carregando uma assustadora maldição: seu canto hipnotizante e sua beleza mortal a transformam em uma ceifadora de homens, atraindo-os para o fundo das águas.</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Daniele Mendes Sousa, Danielle da Silva Rodrigues, Suellen Cordovil da Silva https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/63542 O MÉTODO ARQUETIPOLÓGICO E O ESTUDO DAS LITERATURAS INDÍGENAS E AFRODIASPÓRICAS 2022-01-04T15:02:21-03:00 Heliene Rosa da Costa hrosadacosta@gmail.com <p>Intelectuais indígenas e afrodescendentes costumam ter o valor de suas produções literárias, muitas vezes, relativizado pela crítica tradicional, em razão de estabelecerem profundo vínculo com a oralidade. Entretanto, no mundo grego antigo, berço das civilizações ocidentais, temos notícias dos Aedos, poetas que cantavam hinos e canções, em complexa estrutura autoral: coletiva e com foco na oralidade. A literatura afrodiaspórica dá centralidade às histórias contadas como forma de transição da totalidade dos saberes, pela prática dos griôts. Da mesma forma, as culturas ameríndias recuperam as memórias ancestrais e promovem o fortalecimento da identidade cultural e espiritual pela contação de histórias. O método arquetipológico proposto por Durand (1996) apresenta a vantagem de poder ser associado às diferentes culturas e povos, de maneira sistematizada que pode ser capaz de operacionalizar relações não excludentes entre diferentes aspectos, entre eles, a oralidade e a escrita. Do excerto, podemos concluir que, a partir do emprego desses processos investigativos, torna-se possível dirimir questões valorativas e estigmatizantes nas concepções de povos e culturas diferentes. A metodologia adotada nessa análise é pesquisa interpretativa e documental dos textos literários eu compõem o <em>corpus. </em>Para as análises utilizamos como referencial teórico, autores como Durand, Esra pound, Graça Graúna, Márcia Kambeba, Lia Minápoty, Conceição Evaristo, Cristiane Sobral, Kiusam de Oliveira, Sidarta Ribeiro e Muniz Sodré, entre outros.</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Heliene Rosa da Costa https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/62812 SOL DE FEIRA, DE LUIZ BACELLAR: CULTURA E IMAGINÁRIO AMAZÔNICO NO POMAR DA FICÇÃO 2022-01-04T11:05:47-03:00 Lidiane Neves nevesslidiane@gmail.com <p>Estudo situado no âmbito da teoria literária, vinculado à literatura de expressão amazônica que objetiva realizar uma análise crítica do livro de poemas <em>Sol de Feira</em>, de Luiz Bacellar, no sentido de investigar como o poeta recria importantes elementos da cultura e do imaginário amazônico. <em>Sol de Feira</em> é um inventivo livro de poesia em que cada poema é dedicado a uma fruta da Amazônia. E cada fruta, por meio do recurso da alegoria, transforma-se em um exemplar expressivo de elementos da cultura e do imaginário de indígenas caboclos e demais amazônidas. A pesquisa apresenta reflexões teóricas sobre a arte literária, explorando a teoria dos bosques da ficção, de Umberto Eco, e o conceito de alegoria. Apresenta também um painel sobre a cultura amazônica. Esse quadro teórico instrumentaliza a imersão nos poemas do Bacellar, com vistas a investigar como o universo amazônico e suas contingências são recriados na obra, por meio da oficina poética.</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Lidiane Neves https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/63541 O POVO FILHO DAS ÁGUAS 2021-11-04T12:24:27-03:00 Randra Kevelyn Barbosa Barros randrakevelyn@gmail.com <p style="text-align: justify; margin: 12.0pt 0cm 12.0pt 0cm;"><span style="font-size: 11.0pt; color: black;">As literaturas produzidas por escritores indígenas têm disseminado as vozes de diferentes povos originários. Essas escritas abordam filosofias milenares e questionam o apagamento imposto pelo poder hegemônico. Nesse sentido, é fundamental utilizar a tecnologia da escrita alfabética com o objetivo de salvaguardar a memória oral e difundir esses conhecimentos para um público mais amplo. Dentre os autores que têm seguido esse caminho, cabe citar a produção de Kanátyo Pataxó (1997), intitulada <em>Txopai e Itôhã</em>, a qual narra como os indígenas de seu povo surgiram no planeta. Levando em consideração a importância deste livro, busca-se analisar essa história contemplando os elementos verbais e as ilustrações para evidenciar a perspectiva de mundo Pataxó intrinsecamente ligada à água.&nbsp; Para tanto, será necessário dialogar com a produção teórica indígena que discute importantes categorias críticas para tratar dessas narrativas, tais como escritas-resistência (Adriana Pesca, 2020), memória cultural (Kaká Jecupé, 2020) e histórias de antigamente (</span><span style="color: black;">Edson Kaxinawá et. al, 1996). Dessa forma, a investigação destaca a importância de os indígenas estarem criando terminologias próprias para se referirem ao seu legado ancestral e contribui para expandir os estudos acerca das escritas Pataxó, as quais revelam que esse povo é filho das águas.</span></p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Randra Kevelyn Barbosa Barros https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/63380 O RITUAL DO JONGO E O IMAGINÁRIO MÍTICO AFROBRASILEIRO 2022-01-04T10:20:05-03:00 Ricardo Mattos ricardomendesmattos@gmail.com <p>Analisa-se o imaginário mítico do ritual afrobrasileiro do jongo. Para o filósofo Eudoro de Souza, o ritual religioso reverbera na sensibilidade e na imaginação de seus protagonistas, expressas em versos, gestos e sons. Assim, investiga-se o jongo como ritual religioso, a partir do método etnográfico da observação participante e a memória oral dos jongueiros. Conclui-se que o imaginário mítico do jongo é composto por objetos de culto (fogueira, tambores e chocalhos), atos rituais (“saravar a ngoma”, “amuntar na calunga”), gestos mágicos (dançar da “pemba”, plantar e colher frutos), imagens míticas (tatu, terra afundada e correnteza marítima) e personagens espirituais (como o “cumba” ou “jongueiro velho”). Tal imaginário institui um canal de comunicação com os espíritos ancestrais e a ritualização de uma morte simbólica, expressa na condição de escravidão e na vinda para os cativeiros brasileiros. Contudo, a presença ancestral permite um renascimento ritual, com a viagem de retorno à mítica Aruanda e a experiência de prosperidade da vida em liberdade.</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Ricardo Mattos https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/64274 Expediente 2022-01-16T15:06:36-03:00 Vitor Hugo Luís Geraldo vitor_vhlg@hotmail.com <p>Expediente</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Vitor https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/63364 O FEMININO MALDITO EM ANTICRISTO, DE LARS VON TRIER 2022-01-04T15:54:25-03:00 Jessé Antunes Torres jessehtorres@gmail.com <p>Este ensaio propõe uma leitura do filme <em>Anticristo</em>, de 2009, escrito e dirigido por Lars von Trier, a partir da teoria do imaginário, entendida aqui a partir dos estudos de Durand (2012). Nesse movimento de leitura, este trabalho se aproxima metodologicamente da mitocrítica, embora não a estejamos seguindo à risca. O cinema é tomado enquanto uma tecnologia do imaginário, na medida em que mobiliza imagens e afetos. O filme escolhido é especial, pois opera numa lógica simbólica e imagética, psicanalítica, abandonando o “realismo” para dar lugar ao devaneio, ao sonho e às manifestações do inconsciente. A partir da análise, evidencia-se que regendo o filme encontra-se o imaginário de um feminino maldito herdado dos mitos fundadores judaico-cristãos (Lilith, Eva), que culmina, na Idade Moderna, na figura da bruxa.</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Jessé Antunes Torres https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/64275 O IMAGINÁRIO MÍTICO INDÍGENA E AFRICANO - COSMOGONIAS E OUTRAS CRIAÇÕES IMAGINÁRIAS - NA LITERATURA E NAS ARTES. 2022-01-16T15:08:47-03:00 Carlos Augusto de Melo carlosaug.melo@gmail.com Zuleide Duarte zuleide.duarte@hotmail.com <p>Conselho Editorial Téssera</p> 2022-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Carlos Augusto de Melo , Zuleide Duarte