https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/issue/feed Revista Estado da Arte 2024-04-30T09:21:21-03:00 Marco Pasqualini de Andrade mpandrade@ufu.br Open Journal Systems <p>A revista <strong>Estado da Arte</strong> é um periódico científico de Artes Visuais &nbsp;publicado semestralmente pelos grupos de pesquisa do &nbsp;Instituto de Artes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU-MG): &nbsp;Grupo de Pesquisa Poéticas da Imagem (GPPI); Núcleo de Pesquisa em Ensino de Pintura (NUPPE) e Núcleo de Pesquisa em Artes Visuais (NUPAV). A revista <strong>Estado da Arte</strong> [ISSN 2675-4576] tem por objetivo divulgar resultados de investigações artísticas no âmbito das <strong>Artes Visuais e suas interfaces</strong>, privilegiando pesquisas que tenham por <strong>foco o contexto contemporâneo da obra de arte e de seus processos e sistemas</strong>, seja em relação aos <strong>desafios da produção poética</strong> no século XXI, ou a inserção e <strong>reverberação da obra histórica nos circuitos existentes ou em construção</strong>. Tendo em vista a situação geográfica de sua sede, <strong>busca evidenciar teorias e métodos que dialoguem com as novas perspectivas de descentralização da produção e dos discursos da arte</strong>.</p> https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/71708 Corpo, pintura, cor, fronteira 2023-12-06T10:38:24-03:00 Ana Helena Duarte anaduarte@ufu.br Camila Moreira camilarmcruz@hotmail.com Rodrigo Freitas Rodrigues rodrigofreitasufu@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O dossiê "CORPO PINTURA COR FRONTEIRA" reflete sobre a vitalidade persistente da pintura contemporânea, destacando sua expansão e diálogo com outras formas de expressão nas artes visuais. Originado no II Colóquio Internacional de Pintura, aborda as intersecções entre corpo, cor e fronteira, promovendo uma constelação de reflexões. A obra examina a pintura como força motriz, atravessando fronteiras geográficas, políticas e tecnológicas. Os textos destacam a constante metamorfose da pintura diante de desafios políticos, econômicos e tecnológicos, ressaltando sua relevância nas artes contemporâneas. Ao explorar migrações de imagens, o dossiê aborda questões que desafiam as categorias de pensamento, incentivando um diálogo amplo sobre práticas artísticas contemporâneas.</span></p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/73388 Editorial 2024-04-30T09:21:21-03:00 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/71695 Peinture corps couleur frontière 2023-12-05T14:15:38-03:00 Éliane Chiron camilarmcruz@hotmail.com <p>Este artigo foi escrito por Éliane Chiron, uma artista, pesquisadora e crítica de arte, para o Colóquio Internacional de Pintura intitulado "CORPO PINTURA COR FRONTEIRA / CORPS PEINTURE COULEUR FRONTIÈRE", momentos antes de seu repouso eterno. Apresentado aqui sem qualquer modificação, o texto permanece em sua totalidade, à espera de conclusão. Nele, a autora aborda diálogos e narrativas significativas, explorando de maneira provocativa o pensamento sobre a pintura contemporânea.</p> <p> </p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/71543 L’ art face aux populations d’images 2023-11-22T15:20:22-03:00 Cécile Croce cecile.croce@iut.u-bordeaux-montaigne.fr <p>O presente artigo investiga a noção de migração sob diferentes aspectos. Entretanto, se a noção de migração se aplica mal ao jogo de relações entre imagens materiais e imagens mentais sobre as quais a arte trabalha, é muito relevante lançar luz sobre a circulação e transformação de imagens a partir da sua autonomia e da sua identificação na população por meio das técnicas de reprodutibilidade e multiplicabilidade. Nesse contexto, a arte não se reduz à sua dimensão material, pelo contrário, alarga o seu âmbito crítico e os processos ideológicos em jogo como demonstram as análises de certas obras selecionadas (de Warhol a Dewey-Hagborg, passando por Iverovic e Beb Deum) ao longo do texto.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/71694 La lutte comme pathosformel et forme de « survivance » d’affect entre image, figure, peinture et corps de l’artiste 2023-12-05T12:37:01-03:00 Elissar Kanso elikanso@gmail.com <p>Se considerarmos o ato de pintar nos dias de hoje, é imprescindível não dissociá-lo do contexto contemporâneo de proliferação intensiva da imagem digitalizada. Ao evocar tal prática, compreendemos que ela transcende a mera execução de "fazer pintura". Repensar ou redefinir o significado da pintura na atualidade permanece como uma questão em constante evolução, mesmo diante do cenário de emergência tecnológica. Partindo da minha experiência como pintora para uma análise da obra de Marlène Dumas, é possível esboçar uma primeira definição de metaforização. A abordagem que almejamos adotar leva em consideração o método de edição desenvolvido por Aby Warburg para a concepção de seu Atlas Mnemosyne. Essa abordagem será estruturada em torno de duas noções principais: em primeiro lugar, a ideia de "distância metafórica", conforme concebida por Warburg, para quem a consciência da distância, como instrumento de orientação mental, pode assegurar uma função social duradoura, fundamental para o destino da cultura e do sucesso. Em seguida, o "processo metafórico" será explorado à luz das ideias de Paul Ricoeur, que, em sua perspectiva filosófica da linguagem, oferece a oportunidade única de investigar todo o campo da semiologia para transcender os signos centrais na relação entre linguagem e realidade. Essa abordagem possibilita que o antigo problema filosófico da verdade se manifeste em novas formas e contextos.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/71693 Les Instants 2023-12-05T12:28:48-03:00 Hervé Penhoat rvpenhoat@me.com <p>O meu percurso desde o caderno de desenho em papel até às bancadas de edição de vídeo permitiu-me compreender que se tratava apenas de uma viagem no tempo e não de uma mudança de metodologia de trabalho. A análise do meu trabalho de “INSTANTES”, iniciado em 2013, ajudar-nos-á a compreender esta mudança de paradigma naquilo que serve de imagem de referência contemporânea, e que seria esta nova pintura contemporânea. Questionaremos esta nova fronteira entre o real e o virtual, estas novas questões e consequências que isso gera. Sabendo que hoje, uma imagem captada no local A distância, que até agora se limitava àquela autorizada pela percepção do nosso olhar, hoje não tem limites. Revelando uma mutação do referente na obra de arte que, dependendo da época, do lugar de vida e dos avanços técnicos, traz à tona a singularidade do artista.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/72353 Portrait d’un corps 2024-02-02T14:29:59-03:00 Carmen Herrera Nolorve chnolorve@gmail.com <p>Historicamente, o retrato centra-se na representação do rosto, que melhor resume o passado e o presente da pessoa retratada. Mas apesar de tudo, o retrato é parte do corpo que coloca questões sobre território, memória e identidade. É objeto de reflexão pela sua ligação com as construções socioculturais das sociedades e considerada como base da multiplicidade de sujeitos com os quais se confronta diariamente. Na arte, torna-se objeto de estudo cuja materialidade e diversidade cromática são exploradas pelos artistas para criar novos discursos. O corpo e as suas representações sempre estiveram ligados às sociedades que os representam e às suas mudanças. Mas existe uma cor para representar a identidade?</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/72352 Le noir 2024-02-02T14:23:42-03:00 Bernard Lafargue bernard.lafargue9@gmail.com <p>No último andar da <em>Bourse de Commerce </em>de Paris, transformada em espaço de exposição das coleções Pinault pelo gênio arquitetônico minimalista de Tadao Andō em maio de 2021, as pinturas de Kerry James Marshall cantam a beleza do preto. Mais precisamente, celebram a beleza simples, “pop” e “quente” dos negros ocupados com as tarefas do dia a dia ou aproveitando as pequenas alegrias da nossa civilização do lazer. Depois de mais de um século de lutas violentas, desde a emancipação dos escravos em 1865 até ao movimento Black Lives Matter, incluindo as ações do Partido dos Panteras Negras e a eleição de Barack Obama para a Casa Branca em 2008, os negros tornaram-se uma cor . Uma cor por si só. Como surgiu o Homem Invisível de Ralf Ellison (1952), que K.J. Marshall retratou com uma máscara preta sobre fundo preto em 1980, e cuja silhueta oca Elizabeth Catlett esculpiu no memorial de Ellison em Riverside Park (Nova York, 2003) ele teria encontrado sua “encarnada”? Como é que o preto (do caos da escuridão bíblica à ausência do disco colorido de Newton, incluindo a masmorra do comércio de escravos, os “zoológicos humanos” ou o tabu americano do impronunciável “negro”) se tornou uma cor como qualquer outra? Não mais a cor do diabo ou de seus mil avatares, mas uma cor gentil e desejável? A personificação de uma América Negra com tons quentes, luminosos, enérgicos, inebriantes e “pop”, que parece ansiosa por vestir as cores de um universalismo generoso, não mais monocromático ou “monotonoteísta”, mas policromado e politeísta num mundo-patchwork? São estas questões que tentarei responder confrontando no espelho duas grandes figuras históricas, territoriais e antitéticas do negro: o frio sublime da Praça Negra Russa de Malevich, onde brilha a tentação de uma iconoclastia apofática ou niilista, e a beleza pop e calor das figuras afro-americanas de Kerry Jammes Marshall, onde brilham os poderosos e brilhantes, brincalhões e trágicos além-negros de Caravaggio, Manet, Renoir e Soulages.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/71542 L´ œuvre comme méta-corps 2023-11-22T15:03:03-03:00 Cécile Croce cecile.croce@iut.u-bordeaux-montaigne.fr <p>No texto intitulado “A Obra como Metacorpo”, Cecile Croce apresenta uma análise semiológica das obras de Eliane Chiron, destacando suas significativas contribuições ao examinar a interação entre cor, matéria e imagem. A autora introduz a perspectiva de uma economia vital na qual. somos moldados pelo ambiente que nos rodeia, e o que é “infundido” em nós dá substância à nossa percepção, nomeadamente através do trabalho de Eliane Chiron intitulado “Les Nageurs”, ela destaca como estas figuras parecem infundir luz na cor através dos seus movimentos. , imbuindo um vermelho vibrante enquanto percorre suas veias e carne. Essas reflexões ampliam nossa compreensão sobre a interligação entre cor, material, corpo e arte. As suas ideias lançam as bases para novas contemplações estéticas e filosóficas, provocando questões sobre os limites e possibilidades da expressão artística, bem como sobre a nossa própria experiência como espectadores.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/73350 Medusa em vermelho e preto 2024-04-29T14:01:12-03:00 Icleia Borsa Cattani icleia.cattani@gmail.com <p>O texto intitulado “Medusa em vermelho e preto. A “pintura numérica” de Éliane Chiron”, escrito por Icleia Borsa Cattani, coloca em evidência o percurso criador da pintura digital da artista e escritora Éliane Chiron. Pontua que, inicialmente, a artista trabalhava com desenhos e pinturas, usando os meios tradicionais, desenvolvendo uma poiética e poética originais. As propriedades da mão, ao trabalhar, e sua inteligência própria, a fisicalidade dos materiais e dos suportes, as qualidades das linhas e das cores, faziam parte há muito tempo do trabalho de Chiron. A mudança para o digital não aconteceu de maneira brusca. Na década de 1990, ela realizou, paralelamente aos desenhos e pinturas, vídeos, performances e instalações de grande força expressiva, nos quais a cor constituía elemento fundamental. O texto ilumina principalmente o tema mítico da figura da medusa presentes na obra de Chiron. Salienta também que as qualidades plásticas das imagens são desenvolvidas e acentuadas, criando uma potência visual derivada da força estética, nas figuras, nos espaços e no tratamento que lhes é dado. Ao trabalhar com a matéria na pintura, Éliane Chiron acumula camadas de cores e figuras, movimenta e distorce o todo, até quase atingir a abstração. O vermelho e o preto são onipresentes e acabam, às vezes, por engolir os personagens, “matando-os” simbólica e figurativamente.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/73352 O corpo da cor 2024-04-29T14:44:25-03:00 Marco Giannotti marcoggiannotti@gmail.com <p>O artigo “O Corpo da Cor” apresentado pelo pesquisador Marco Gianotti, faz um recorte sobre as cores químicas na arte contemporânea. O desenvolvimento do texto é permeado por diversos apontamentos teóricos, associados e exemplificados por meio de obras de arte de alguns artistas situados em tempos e espaços distintos. Ao final, o autor nos encaminha seu ponto de vista, afirmando que embora frequentemente tenha-se chegado a um limite, onde a cor efetivamente parece se diluir no espaço como um raio de luz, é inegável que esta nova concepção cromática está relacionada com uma mudança de atitude do artista contemporâneo diante da obra de arte. A utilização da cor neste caso não se resume a pesquisas sobre a harmonia cromática. Através da cor temos a constituição de um novo objeto plástico, uma vez que as cores têm uma presença objetiva e fundante na obra de arte contemporânea. Assim, a relação entre a obra e o observador se transforma por completo. O espaço não é mais concebido como um espaço ideal, a priori, uma forma pura da intuição a ser preenchida, mas como algo que deve ser concebido como um processo, um espaço aberto a novas experimentações.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/71548 Entre camadas e cores 2023-11-22T16:11:43-03:00 Karina Sousa kalvessousa@gmail.com <p>O estudo destaca a presença da cor na cultura, explorando seus aspectos simbólicos, artísticos, poéticos, físicos e fisiológicos durante as celebrações da Folia de Reis. Sublinha suas práticas na região do Triângulo Mineiro e a complexidade da festa, que envolve tradição, espetáculo e renovação. Explora também a interface entre fotografia e pintura, focalizando a criação artística por meio de figuras e/ou abstracionismos para analisar de que forma as cores contribuem para a criação de significados na festa, levando em consideração os elementos culturais locais e o ambiente festivo. Para expressar a riqueza cultural da Folia de Reis e salientar a importância da cor na construção de significados, a fotógrafa-pesquisadora utiliza registros fotográficos, com a técnica de sobreposição, marcando a autonomia criativa na pós-produção das fotografias, ressignificando as imagens em composições barroquizantes.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/71541 O Artista “Multindisciplinar”! 2023-11-22T14:53:43-03:00 Marco Paulo Rolla marcopaulorolla@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo se fundamenta na premissa de que a arte é uma manifestação da experiência que infunde vitalidade à vida. O autor, Marco Paulo Rolla, introduz o conceito de "artista Multindisciplinar" como forma de caracterizar uma abordagem artística que ultrapassa as limitações das disciplinas convencionais, permitindo a fluida integração de diversos saberes. Ao adotar essa perspectiva, Rolla enfatiza a superação de barreiras conceituais e a expansão do campo artístico para além das fronteiras disciplinares. O artista "Multindisciplinar" é capaz de explorar diversas vertentes artísticas, gerando uma fecundidade intelectual que enriquece sua criatividade e habilita-o a criar obras que transcendem as normas acadêmicas. Nesta abordagem, a experiência e a vitalidade emergem como elementos centrais da expressão artística, promovendo um profundo diálogo entre distintos campos de conhecimento. O resultado são obras que transcendem as convenções acadêmicas e contribuem para redefinir o papel do artista na sociedade contemporânea. Esta visão desafia a rigidez das tradições artísticas, fomentando um espaço propício para o intercâmbio de ideias entre diferentes áreas. A concepção de artista "Multindisciplinar" ressoa com uma revalorização da experiência e propicia uma reconfiguração da criação artística no contexto atual.</span></p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Estado da Arte