AVALIAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS INFECCIOSAS EM GESTANTES E INFECÇÕES CONGÊNITAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE UBERLÂNDIA NO PER͍ODO DE 2003 a 2008.

Autores

  • Ana Luíza Pereira Saramago UFU
  • Ronaldo Brasileiro de Miranda Batista Fernandes
  • Aércio Sebastião Borges

Palavras-chave:

Infecção na Gestação, Infecção Congênita, Diagnóstico, Manifestação Clínica.

Resumo

As infecções congênitas são adquiridas pelo feto por via transplacentária durante a gestação, necessitando de uma abordagem particularizada em virtude do potencial de abortamento, teratogênese e óbito fetal. Objetivo: Avaliação clínico-epidemiológica das infecções em gestantes atendidas no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Metodologia: Análise de prontuários de pacientes com diagnóstico de infecção congênita e de gestantes com diagnóstico de infecção com transmissão transplacentária, atendidos no HC-UFU entre 2003 e 2008. Resultados: Apreendeu-se que 17,6% dos recém-nascidos realmente apresentaram infecção, sendo a mais freqüente sífilis (44%). A maioria (84%) das mães realizou pré-natal e 76% permaneceram assintomáticas durante a gestação. Em 24% o diagnóstico foi feito no 1º trimestre; 60% das mães foram adequadamente tratadas e não houve nenhum indício de infecção fetal. Quanto às gestantes avaliadas, 51% tinham entre 25 e 35 anos; com discreto predomínio de leucodermas (19,5%). A maioria (95,6%) fez pré-natal e 80% permaneceram assintomáticas durante a gestação. O diagnóstico foi feito principalmente no 2º trimestre (24,2%); em sua maior parte por sorologia (87,7%). As doenças mais freqüentes foram toxoplasmose (49,5%) e infecção pelo HIV (18,8%). A maioria (68,9%) das pacientes recebeu tratamento e em 54,8% dos casos não houve indício de transmissão fetal antes do nascimento. Conclusão: A prevenção das infecções congênitas ocorre através da educação das gestantes sobre comportamentos de risco e quando disponível realização de tratamento da infecção aguda. Deve-se também tratar os fetos e os recém-nascidos infectados, além de proporcionar o acompanhamento médico a longo prazo dos mesmos.

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Publicado

2012-04-11

Edição

Seção

Medicina e Enfermagem