ARMADILHA ADULTRAP COMO INDICADORA DA PRESENÇA DE Aedes aegypti - VETOR DO VÍRUS DA DENGUE NO DISTRITO DE AMANHECE NO MUNICÍPIO DE ARAGUARI - MG

Autores

  • Mariana Oliveira Rodrigues Romildo José Rodrigues e Valdete Aparecida de Oliveira Rodrigues
  • Jureth Couto Lemos

Resumo

O principal vetor do vírus da Dengue no Brasil é o Aedes aegypti. A distribuição da doença em nosso país, quanto ao tempo, obedece a um padrão sazonal de incidência coincidindo com o verão, devido a maior precipitação e temperaturas mais elevadas, que contribuem para o ambiente propício à proliferação do vetor. Os objetivos deste trabalho foram utilizar a ADULTRAPR como indicadora da presença do Aedes aegypti - vetor do vírus da Dengue em ambientes peridomiciliares no Distrito de Amanhece no Município de Araguari - MG, como também investigar o conhecimento que os moradores do Distrito tinham sobre a Dengue. Para a utilização das armadilhas nos peridomicílios foram dadas instruções aos moradores que estas deveriam ser instaladas quinzenalmente nas sextas-feiras em locais estratégicos, obedecendo a um calendário proposto pela equipe do projeto. Após 24h da instalação das armadilhas, esta equipe visitou os domicílios para verificar se havia culicídeos nas mesmas. Para coleta dos dados foi realizada uma entrevista por meio de questionário semi-estruturado sobre o conhecimento que os moradores do Distrito tinham sobre a Dengue, seus vetores e sobre as medidas de controle. Ao encontrar culicídeos nas adultrap os mesmos foram recolhidos e encaminhados para o Laboratório de Pesquisa, Ensino e Extensão em Vigilância Ambiental em Saúde, da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia, para identificação quanto a sexo, gênero, subgênero e espécie. Foram instaladas 82 armadilhas durante as 22 visitas realizadas no Distrito. Foram capturados nas armadilhas 63 culícideos, sendo 33 de Culex quinquefasciatos, 9 Aedes aegypti, 7 Aedes albopictus e 14 que não foi possível a identificação. Com a aplicação dos 206 questionários, contabilizou-se 747 moradores na área urbana do distrito, destes 382 (51,14%) são do sexo masculino e 365 (48,86%) do feminino; 91,74% (189 dos 206 entrevistados) já ouviram falar em dengue e 89,80% conhecem as medidas de prevenção da mesma; 80,09% referiu que possui caixa d'água na residência. Da população economicamente ativa, 70,3% trabalha na lavoura nas imediações do Distrito. Estes dados indicam eficácia da armadilha como indicadora da presença do Aedes aegypti. Com a captura dos vetores de importância sanitária há necessidade de atividades de Educação Ambiental e em Saúde como papel chave no controle da dengue no país e de outras doenças.

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Biografia do Autor

Mariana Oliveira Rodrigues, Romildo José Rodrigues e Valdete Aparecida de Oliveira Rodrigues

Aluna do curso de graduação da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, bolsista PIBIC/UFU

Jureth Couto Lemos

Licenciada em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (1989), Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (1998), Especialista em Análise e Planejamento Ambiental (1994) e em Saúde Coletiva (1997) pela Universidade Federal de Uberlândia, Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (2002) e Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (2007). Atualmente é Docente da Carreira do Ensino Básico Técnico Tecnológico da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Geografia Médica e Saúde Ambiental, atuando principalmente nas seguintes áreas de pesquisa, ensino e extensão: Assentamento de Reforma Agrária, Flebotomíneos, Triatomíneos, Culicídeos, Mosluscos, Fitoterápicos, Políticas de Saúde, Epidemiologia de Doenças Infecto-Contagiosas e Parasitárias e Saneamento Ambiental.

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Publicado

2011-03-30

Edição

Seção

Medicina e Enfermagem