INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS ENDOCANABINÓIDE E OPIÓIDE NA ATIVIDADE LOCOMOTORA E NO COMPORTAMENTO DE APRENDIZADO E MEMÓRIA

Autores

  • Nubia Rodrigues Batista Vanilda Rodrigues Batista
  • Benvinda Rosalina dos Santos
  • Mariana Oliveira Rodrigues
  • Renata Rodrigues Catani

Resumo

Recentes estudos sobre as bases neurobiológicas do alcoolismo sugerem que o sistema canabinóide endógeno possa desempenhar um papel importante no comportamento induzido pelo etanol, influenciando nos processos de extinção dos comportamentos aprendidos e de aquisição da memória. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento geral exploratório, memória e aprendizado em camundongos, utilizando open field e plus maze, após tratamento crônico e subcrônico com etanol (EtOH)15% v/v (2,2mg/Kg) e/ou associação de antagonistas de receptores canabinóides endógenos (Rimonabanto(RB)3mg/kg), antagonista NMDA (Dizocilpina (DZC); 0,3mg/kg) e/ou antagonista opióide, Naloxona (Nlx; 5mg/kg) e Morfina (Mor;5mg/Kg), agonista do sistema opióide. Foi observado o aumento significativo da atividade locomotora espontânea dos animais tratados agudamente com etanol e naqueles com co-administração de antagonistas opióides e canabinóides. Entretanto em animais tratados sub e cronicamente com RB, não houve aumento significante quanto à locomoção total. No plus maze, analisando o tempo de latência, não revelou qualquer diferença estatisticamente significante entre os grupos tratados com RB comparados ao controle. Quando tratados cronicamente com EtOH, o uso simultâneo de RB e DZC mostrou que a associação dessas drogas teve maior repercussão na locomoção do que uso isolado das mesmas. Esses resultados reforçam a hipótese de que os sistemas canabinóide endógeno e opióide possam estar envolvidos no processo de aprendizado e memória assim como na interferência no comportamento exploratório durante o uso agudo ou crônico do etanol.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nubia Rodrigues Batista, Vanilda Rodrigues Batista

Aluna da graduação de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, 11º período,bolsista do PIBIC/CNPq. Possui projetos na área de estudos de etanol, receptores opióides e canabinóides, saúde pública e educação ambiental.

Benvinda Rosalina dos Santos

Possui graduação em Biomedicina pela Universidade de Santo Amaro (1985), mestrado em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo (1990) e doutorado em Psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo (1997). Com experiência em Neuropsicofarmacologia molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: dependência química, com foco em neuro e cardiotoxicidade da Metamfetamina e MDMA, bem como o papel do sistema opióide na dependência do álcool. Coordenadora do Centro de Estudos e Tratamento do Abuso de substâncias da Universidade Federal de Uberlândia. Além disso, vem atuando na pesquisa etnofarmacológica averiguando as possíveis ações de extratos de plantas do cerrado mineiro com possíveis ações farmacológias no sistema nervoso central.

Downloads

Publicado

2011-05-10

Edição

Seção

Medicina e Enfermagem