QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES AUTISTAS

Autores

  • Gabriela Ferreira Paduani Neusa Aparecida Ferreira Paduani

Resumo

Introdução: O transtorno autista é caracterizado por limitações na comunicação, dificuldades na interação social e no pensamento abstrato, além de transtorno de comportamento. Recentemente tem sido questionada uma possível repercussão na qualidade de vida dos portadores. Compreender como o autismo afeta o bem estar e a satisfação do paciente poderá contribuir no planejamento de intervenções mais efetivas. O presente trabalho propõe a avaliar a qualidade de vida de crianças e adolescentes com autismo. Metodologia: Foram convidados a participar do estudo os pais ou responsáveis de crianças e adolescentes entre 5 e 20 anos de idade com diagnóstico de autismo que freqüentavam o CAPS infantil (Centro de Atendimento Psico-social infantil) de Uberlândia. O grupo controle foi constituído de crianças e adolescentes saudáveis na mesma faixa etária, provenientes de escolas públicas e particulares de Uberlândia. Os responsáveis forneceram informações clínicas e demográficas por meio de entrevista e preencheram o questionário de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) CHQ-PF50, segundo a técnica de auto-aplicação. Foi utilizado o teste de alfa-Cronbach para verificar a confiabilidade, o teste de Mann-Whitney para comparação entre grupos e o teste de correlação de Spearman para correlação entre variáveis. Resultados: Participaram 20 indivíduos do grupo de estudo e 85 do grupo controle. A maioria dos representantes era a própria mãe (80%). A idade média dos pacientes foi de 10,7 anos (DP=4,0), sendo a maioria do sexo masculino (65%). A taxa de dados perdidos foi baixa nas escalas do CHQ-PF50 (0 a 10%). O efeito piso ocorreu em 9 escalas e o teto em 14 escalas. A confiabilidade foi adequada em todas as escalas, exceto na escala percepção de saúde (0,38). Os escores obtidos pelos pacientes foram menores que os da população saudável no sumário físico e psicossocial em 14 escalas (p < 0,05).Conclusão: Crianças e adolescentes portadores de autismo apresentaram um impacto negativo na QVRS em comparação com a população saudável, pela perspectiva dos pais ou responsáveis, tanto no domínio físico quanto no psicossocial.

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Publicado

2008-12-30

Edição

Seção

Sumário