A hipocorização como processo não concatenativo de formação de palavras em português

a interface morfologia-fonologia em destaque

Autores/as

  • Bruno Cavalcanti Lima Instituto Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL30-v11n3a2017-15

Palabras clave:

Hipocorização, Morfologia, Fonologia, Teoria da Otimalidade

Resumen

Neste artigo, analiso o padrão de hipocorização de antropônimos compostos, que ocorre, por exemplo, em ‘Malu’ (‘Maria Luíza’). A análise se baseia na Teoria da Correspondência (McCarthy & Prince, 1995), que segue os princípios da Otimalidade Clássica, estabelecidos em Prince & Smolensky (1993), sendo, por isso, igualmente otimalista e paralelista (Gonçalves, 2004). O hipocorístico deve constituir palavra mínima na língua e, por isso, não pode apresentar mais de um pé binário. Assim, um dos objetivos do trabalho é comprovar que as restrições de tamanho, no fenômeno da hipocorização, são as mais altas na hierarquia, superando as de marcação e de fidelidade. Como corpus, utilizo dados coletados em testes e dados que compõem o dicionário de hipocorísticos de Monteiro (1999). Para constatar a presença de padrões mais gerais, foram aplicados testes de aceitabilidade de formas. Para cada forma proposta nos testes, verifiquei qual delas sobressaía em relação às outras. Essa forma destacada seria, portanto, o output ótimo.

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Publicado

2017-08-02

Cómo citar

LIMA, B. C. A hipocorização como processo não concatenativo de formação de palavras em português: a interface morfologia-fonologia em destaque. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 11, n. 3, p. 782–803, 2017. DOI: 10.14393/DL30-v11n3a2017-15. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/37301. Acesso em: 23 nov. 2024.