DE ARCIGOLA A SLOW FOOD: O EMPREENDEDORISMO POLITIZADO COMO PRÁTICA ALIMENTAR MILITANTE

Resumen

O fenômeno da globalização afeta as cadeias de produção e consumo alimentar, colocando em pauta uma série de discussões. As práticas alimentares dominantes estão influenciadas pela indústria, mas existem aquelas ao redor do mundo que desenvolvem estratégias de entrar no mercado com produtos que apelam para as questões sociais, culturais e ambientais. Entre elas, destaca-se o Slow Food (SF), um movimento global que defende a produção e comercialização de produtos seguindo valores éticos, locais e gastronômicos. Neste artigo, analisamos alguns aspectos do contexto sóciopolitico e cultural de emergência do SF e alguns projetos e documentos oficiais mostrando que, apesar de ter nascido em um contexto específico do interior italiano, o movimento conseguiu se organizar ao redor de questões alimentares globais, como a condição de produção do pequeno produtor, a recuperação de hábitos tradicionais e  os debates sobre os organismos geneticamente modificados. Além disto,  desenvoleu uma atividade que articula o empreendedorismo e a crítica social passível de ser apropriada e adaptada  em diferentes contextos sociais ao redor do mundo.