COMUNICAÇÃO EM LIBRAS E A PRESENÇA DE PESSOAS SURDAS EM ESPAÇOS CULTURAIS DE FORTALEZA (CE):

Fronteiras e possibilidades

Autores

  • Tamara Vieira Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCS-v13n1-2024-76043

Palavras-chave:

Surdez, Língua, Cultura

Resumo

A presença de pessoas surdas em espaços de promoção cultural alcança complexidades subjetivas, linguísticas e políticas; que, neste caso, tem composto vivências minhas em Fortaleza. Com isto compartilho uma pesquisa-ação realizada na Pinacoteca do CE a fim de refletir sobre como marcadores sociais das diferenças como deficiência, língua, classe e raça; são acionados interseccionados com o marcador da surdez. Considero, ainda, que há uma diversidade e peculiaridades que distinguem pessoas surdas dos demais grupos de pessoas com deficiência – assim como dentro do próprio grupo de pessoas surdas, que são o uso de uma língua legitimada por lei, a ressignificação da deficiência como marca identitária e a luta pelo reconhecimento de uma cultura própria motivada por esses dois elementos anteriores. Posto isto, discuto aqui como a língua de sinais se articula com aspectos culturais de instituições a partir da presença de pessoas surdas nelas e dos marcadores que estas carregam.

 

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Biografia do Autor

Tamara Vieira, Universidade Federal de Goiás

Doutoranda em Antropologia Social pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Goiás. Mestra em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação Associado entre Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira/ Universidade Federal do Ceará. Especialista em Língua de Sinais de Brasileira - Tradução e Ensino pela Universidade 7 de setembro. Bacharela e Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará. Atua como Tradutora/Intérprete em Língua de Sinais Brasileira na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Unilab. Tem experiência como Pesquisadora na área de Antropologia, com ênfase em Estudos sobre Surdez, Deficiência e Inserção Social. E como Tradutora nas áreas da Educação e Artes com perspectiva afro-referenciada

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Publicado

2025-01-23