COMUNICAÇÃO EM LIBRAS E A PRESENÇA DE PESSOAS SURDAS EM ESPAÇOS CULTURAIS DE FORTALEZA (CE):
Fronteiras e possibilidades
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCS-v13n1-2024-76043Palavras-chave:
Surdez, Língua, CulturaResumo
A presença de pessoas surdas em espaços de promoção cultural alcança complexidades subjetivas, linguísticas e políticas; que, neste caso, tem composto vivências minhas em Fortaleza. Com isto compartilho uma pesquisa-ação realizada na Pinacoteca do CE a fim de refletir sobre como marcadores sociais das diferenças como deficiência, língua, classe e raça; são acionados interseccionados com o marcador da surdez. Considero, ainda, que há uma diversidade e peculiaridades que distinguem pessoas surdas dos demais grupos de pessoas com deficiência – assim como dentro do próprio grupo de pessoas surdas, que são o uso de uma língua legitimada por lei, a ressignificação da deficiência como marca identitária e a luta pelo reconhecimento de uma cultura própria motivada por esses dois elementos anteriores. Posto isto, discuto aqui como a língua de sinais se articula com aspectos culturais de instituições a partir da presença de pessoas surdas nelas e dos marcadores que estas carregam.
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