As religiões de matriz africana e intolerância religiosa
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCS-v10n1-2020-57901Palavras-chave:
Discriminação religiosa, Racismo, Religiões de Matriz AfricanaResumo
O objetivo deste artigo é fazer alguma reflexão crítica sobre as violências que permeiam a trajetória da população negra no Brasil, desde o tráfico humano transatlântico até os dias atuais, tendo como principal enfoque a discriminação religiosa embutida no racismo à brasileira, que impacta as religiões de matriz africana, em diferentes contextos, tornando-as alvo de perseguições e campanhas de destruição. Surpreendentemente, essas religiões resistiram, sobreviveram e se tornaram religiões brasileiras aceitas e frequentadas por cidadãs e cidadãos brasileiros de todas as cores. A questão que se coloca é saber como conseguiram resistir, sobreviver para se tornarem um dos patrimônios culturais brasileiro, cubano, haitiano, colombiano, venezuelano, entre outros. Onde estaria escondido o segredo dessa resistência, que surpreende o mundo diante de tanta força opressiva e destruidora pela qual passaram os africanos escravizados e seus descendentes de hoje? Tudo deixa crer que, apesar da violência da qual foram vítimas, eles não abriram mão da defesa de sua dignidade humana, de sua liberdade e identidade.
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Referências
Conferência Religiões de Matriz Africana e Intolerância Religiosa, proferida na Solenidade de Inauguração da sede do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Estadual de Londrina (NEAB-UEL), nomeado Casa Dona Vilma - Yá-Mukumby, em homenagem a Vilma Santos de Oliveira, valorosa liderança do Movimento Negro e da luta por Ações Afirmativas na UEL. O evento ocorreu no dia 26 de julho de 2018 no Anfiteatro Maior do CLCH, promovido pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e pelo Laboratório de Cultura e Estudos Afro-Brasileiros (LEAFRO), coordenados pela Prof.ª Dr.ª Maria Nilza da Silva.