A apropriação do saber e o arbitrário social em Pierre Bourdieu

Autores

  • Noádia Munhoz Pereira Universidade Federal Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCS-v8n1-2018-43421

Palavras-chave:

Capital cultural, arbitrário social, identidade docente.

Resumo

A particularidade do capital cultural legitima a natureza do campo científico ao introduzir a classe dominante no campo da luta de classes. A dispersão espacial e temporal do trabalho fragmenta as esferas da vida social e consequentemente a produção do conhecimento desde a Revolução de Copérnico. Neste sentido, faz-se necessário problematizar o que justifica as diferenciações de simbologias de um campo, como, por exemplo, o sistema de classificação de um campo arbitrário em que se denota a exclusão, a exploração, a hierarquia e a segmentação de um arbitrário social. O paradoxo do capital científico difundiu o status da ciência competente mundializada e fragilizou a força geradora do conhecimento científico e principalmente da identidade docente. Portanto, a perda do sentido laboral conduz para a formação de novas características nas relações de trabalho ao evidenciar a radicalização da profissionalização da docência e a uniformização da identidade docente.

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Biografia do Autor

Noádia Munhoz Pereira, Universidade Federal Uberlândia

Licenciada em Pedagogia, Mestre em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia e Doutora em Educação com ênfase em sociologia das profissões pela Universidade Federal de Uberlândia.

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Publicado

2020-07-01