bjbjVVD<< $4DDDXXX8|\X&:(:::)))=&?&?&?&?&?&?&$(,+Zc&D))c&DD::x&!!!`D:D:=&!=&!!!:RXa\!)&&0&!+ $+!+D!H)"K!cw)))c&c&!)))&+))))))))) :CIDADES CONTEMPORNEAS: Lcus do Capitalismo Ps-Moderno  Ubiratan Francisco de Oliveira  HYPERLINK "mailto:bira.acg@gmail.com" bira.acg@gmail.com Assessor de Formao Sindical da Central nica dos Trabalhadores (CUT) Celene Cunha Monteiro Antunes Barreira  HYPERLINK "mailto:celene.barreira@uol.com.br" celene.barreira@uol.com.br Profa. Dra. Programa Ps-Graduao do Instituto de Estudos Scio-Ambientais Universidade Federal de Gois RESUMO As cidades da/na sociedade contempornea expressam, das mais variadas formas e dimenses, a organizao social de seus sujeitos. Mais que isso, elas expressam a estrutura do sistema produtivo ao qual elas esto inseridas como sedes burocrticas desse sistema, o lugar do comando e da organizao da produo capitalista. Se h uma rede mundial que organiza o sistema capitalista, essa rede s possvel por conta das cidades. Elas so os ns da rede produtiva contempornea, donas de uma estrutura de transmisso de informaes e produo de conhecimentos jamais tidos na histria da humanidade. Contudo, a velocidade com a qual evolui esse sistema, as cidades proporcionam uma imensido de problemas relacionados com espao, tempo e sujeitos. Contraditrios e multifacetados, eles proporcionam vrias formas de territorializao nas cidades dos guetos, dos recantos, do trabalho, da arte, da cultura e, sobretudo, da hegemnica fora da economia sobre essas dimenses sociais. Palavras Chave: Cidades, Capitalismo, Ps-Modernidade, Rede, Sociedade CONTEMPORARY CITIES: Locus of Post-modern Capitalism ABSTRACT The cities of/in contemporary society express, in various shapes and dimensions, the social organization of their subject. More than that, they express the structure of the production system to which they are entered as technicalities place of that system, the place of the command and of the organization of capitalist production. If there is a worldwide network that organizes the capitalist system, this network is only possible on account of cities. They are the nodes of contemporary production, proprietary of a structure of transmitting information and knowledge production ever taken in the history of mankind. However, the speed at which evolves this system, the cities provide a multitude of problems related to geographic spatial, time and subject. Contradictory and multi-pronged, they provide various forms of territorialisation in cities of ghettos, Nooks, work, art, culture and, above all, of the hegemonic power of economy on these social dimensions. Keywords: Cities, Capitalism, Postmodernity, Network, Society INTRODUO As cidades contemporneas, mais que em qualquer outro momento da histria, se constitui no espao essencial para a existncia do sistema capitalista. As cidades, que j foram o espao religioso e poltico, assumem de vez o lugar do mercado para, com o advento da Revoluo Industrial, se tornar a essncia do sistema produtivo vigente por meio da intensificao do processo de urbanizao das sociedades agrrias. Hespanhol e Hespanhol (2006) destacam: At a Revoluo Industrial, o campo era auto-suficiente, pois alm de garantir a subsistncia da sua populao e o abastecimento alimentar das cidades, possua um modo de vida particular. A partir da Revoluo Industrial, as cidades ampliaram significativamente o seu nvel de importncia e passaram a exercer maior centralidade em razo da concentrao das atividades industriais, comerciais e de servios, ampliando a oferta de postos de trabalho, o que motivou o deslocamento do campo para as cidades. (HESPANHOL, HESPANHOL, 2006, p. 134) A urbanizao fez com que o campo perdesse, ao longo dos tempos, a condio de centro econmico e cultural para as cidades (HESPANHOL & HESPANHOL, 2006). Nesse sentido, a urbanizao est intrinsecamente relacionada com a hegemonia das cidades sobre o campo, principalmente a partir da instaurao da sociedade moderna. O avano capitalista pelo mundo, proporcionado pela evoluo tecnolgica da revoluo industrial, fez-se expandir sua lgica socioespacial para todos os pases dominados pelo capital industrial hegemnico. Os chamados pases subdesenvolvidos da metade do sculo XX, chegam no incio do sculo XXI como pases emergentes por conta das mudanas ocorridas na forma de apropriao capitalista de seus territrios, com maior investimento em tecnologia, fluxos de capital e pessoas. Esse processo fez-se junto ao processo de urbanizao da sociedade contempornea, se constituindo este em fenmeno essencial para a expanso capitalista pelo mundo. Uma sociedade urbana e dominada pelo mercado e pelo liberalismo exacerbado. Como podemos fazer uma leitura das cidades contemporneas a partir de suas relaes com desenvolvimento capitalista? Que sujeitos constituem essas cidades? Quais os seus sistemas complexos que engrenam sua estrutura funcional? A cidade como espao da sociedade ps-moderna, denominada assim por Harvey (2009). A cidade dos fixos e fluxos, da teoria de Santos (2008b) ou do sistema de objetos e aes, tambm de Santos (2008b). Seriam, essas cidades, uma evoluo da teoria das localidades centrais de Christaller, segundo Corra (2005)? As cidades dos espaos esquizofrnicos, de Castells (2003) tambm produto do neo-liberalismo moderno como essncia do capitalismo contemporneo? Buscaremos aprofundar essas provocaes no intuito, no de responder essas questes, mas de instigar mais ainda a pesquisa sobre o papel das cidades na engrenagem do capitalismo contemporneo. A URBANIZAO E O DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA Associar o processo de urbanizao dos pases emergentes ao desenvolvimento capitalista mundial algo que se tornou regra geral nas cincias contemporneas que estudam esses fenmenos sociais. No por menos que essa associao uma constante nas obras acadmicas. As cidades existem antes do sistema capitalista, contudo, na contemporaneidade o sistema capitalista s tm como seu principal espao de auto-reproduo. As cidades europias do sistema feudal se constituam apenas em assessrios dos mesmos, eram apenas o local de troca do excedente alimentar produzido do campo (SPOSITO, 2008, p. 31). No sistema capitalista elas deixam de ser assessrios para se tornarem a essncia do prprio sistema. Acontece que com o fortalecimento das trocas nas cidades medievais, estas se tornavam cada vez mais o lugar de aglomeraes de pessoas e isso foi se constituindo em elemento importante de transformao da sociedade e do sistema produtivo. O crescimento mercantil que se deu com a expanso martima fez das cidades no apenas o lugar das trocas de alimentos, mas tambm de muitos outros tipos de mercadorias. Foi inevitvel a criao de moedas e a utilizao de jias preciosas como principais mecanismos mercantis de valor agregado aos produtos e mo-de-obra. Contudo, as cidades comerciais ganharam forma e contedo a partir da ocupao do entorno das antigas cidades muradas e protegidas que existiam antes da ascenso burguesa. Eram exatamente os burgos que se constituram em cidades comerciais com o fortalecimento do mercantilismo pela Europa e oriente (ib idem). Esse carter mercantil foi dando forma uma sociedade cada vez mais urbana, mas ainda com intensas relaes de dependncia com o campo. Situao que se sustentou at o incio da Revoluo Industrial no sculo XVII que se consolidou na metade do sculo XVIII. A Revoluo Industrial chega pra colocar as cidades de uma vez por todas como o lugar da sustentao e da expanso do sistema capitalista. Nesse sentido, elas so multiplicadas por todo o planeta e se constituindo cada vez mais no lugar hegemnico das sociedades modernas e contemporneas. A hegemonia econmica que se tinha no campo com a concentrao do principal meio de produo a terra migrava-se para as cidades com o advento da mquina a vapor que produzia mercadorias em grande escala e monopolizava o comrcio e o servio dos grandes centros urbanos. Hoje, a hegemonia das cidades como espao de controle do sistema produtivo, faz delas tambm espaos de reproduo de uma sociedade industrial capitalista que concentra os meios de produo e riquezas nas mos de uma elite burguesa, que se instaurou no mundo desde a transformao do mundo feudal em mundo capitalista. Mas, como se d essa reproduo e expanso capitalista nas cidades contemporneas? Que mecanismos so utilizados para que tais fenmenos aconteam? Qual a cara dessa sociedade urbana, capitalista e industrial dos sculos XX e XXI? A EXPANSO CAPITALISTA E AS CIDADES MODERNAS A Revoluo Industrial se tornou um processo irreversvel e sua evoluo cada vez mais avassaladora para qualquer tipo de tentativa contra-hegemnica a este sistema produtivo da sociedade contempornea. As tecnologias produzidas proporcionaram um sistema de comunicao e transporte no apenas de bens materiais e de pessoas, mas de bens imateriais que constituem o chamado sistema de objetos e aes to mencionado por Milton Santos no final do sculo XX. Esse sistema de objetos e aes se reproduz por meio de um sistema de redes que proporciona a expanso da sociedade hegemnica pelo mundo (SANTOS, 2008). J para Lefebvre (2001) essa expanso apenas a reproduo e consolidao da sociedade industrial pelo planeta, contudo, essa sociedade industrial faz com que as cidades avanam sobre os campos e os deixam cada vez mais dependentes de sua lgica de funcionamento e existncia. Sendo assim, se a urbanizao que antes estava associada apenas ao espao das cidades, hoje ela se expande tambm para o campo e temos com isso, um campo urbanizado. Para Graziano da Silva (2005), assim que se constitui o novo rural brasileiro: em um campo urbanizado, comprovando a teoria de Lefbvre (idem). Em anlise realizada sobre a Teoria das Localidades Centrais de Christaller, Corra (2005) diz que a espacializao da produo capitalista se faz necessariamente nas cidades por conta da diviso social e territorial do trabalho e suas relaes com a produo, organizao e distribuio de bens e servios. Para ele, os estudos de Christaller sobre a funo das cidades no sistema capitalista revelam que estas so fundamentais para que ocorra a circulao de bens materiais e imateriais condio de sustentao do capitalismo. Corra (idem) afirma que as cidades pr-capitalistas se constituam em centros comerciais no integrados, dessa forma no se tinha como desenvolver redes de integrao que possibilitassem este fluxo de bens materiais e imateriais e dessa forma, proporcionar a expanso e consolidao do sistema capitalista por meio das redes urbanas, afirma o autor: Entre produo e consumo capitalista se estabelece a distribuio que passa, sob a gide do capitalismo, a desempenhar papel crucial na sociedade e em sua organizao espacial. A organizao espacial da distribuio que emerge, fundamentada na diviso social e territorial do trabalho, na existncia de uma massa predominantemente assalariada, e na articulao entre diferentes reas produtoras, tem como locais as cidades que se interligam atravs do comrcio atacadista, varejista e dos servios. (CORRA, 2005, p. 18). Dessa forma, se as cidades so os locais da diviso social e territorial do trabalho, bem como, da massa predominantemente assalariada, do fluxo atacadista, varejista e de servios, ela , predominantemente o lugar do capitalismo moderno. Este conjunto de elementos que constituem o espao das cidades e a transforma no espao do capitalismo dividido por Santos (2008: 85) em fixos e fluxos: O espao , tambm e sempre, formado de fixos e fluxos. Ns temos coisas fixas, fluxos que se originam dessas coisas fixas, fluxos que chegam a essas coisas fixas. Tudo isso, junto o espao. Os fixos que atraem fluxos podem ser traduzidos na infra-estrutura implantada nas cidades contemporneas para a produo e reproduo capitalista, por meio de redes estabelecidas entre as mesmas. Instrumentos que proporcionam o aumento considervel da mais-valia sobre a classe trabalhadora e proletria, associando assim, as obras de Santos (Op. Cit) e Corra (2005, p. 20), quando este diz: Como a realizao da mais-valia, base para o processo de acumulao capitalista, se concretiza no mercado distribuidor, isto , onde se verifica o ato de aquisio de produtos para o consumo final, e que no capitalismo este mercado distribuidor organiza-se em um territorialmente amplo, complexo e diferenciado sistema de distribuio, isto , a rede de localidades centrais, pode-se afirmar que esta rede constitui-se em uma estrutura territorial necessria ao processo de acumulao capitalista. Essa rede de localidades centrais s possvel de ser constituda por um sistema de engenharia formado pelos fixos e fluxos (SANTOS, 2008: 86). Os fixos nos do o processo imediato do trabalho. Os fixos so os prprios instrumentos d trabalho e as foras produtivas em geral, incluindo a massa dos homens. No por outra razo que os diversos lugares, criados para exercitar o trabalho, no so idnticos e o rendimento por eles obtido est em relao com a adequao dos objetos ao processo imediato de trabalho. Os fluxos so o movimento, a circulao e assim eles nos do tambm a explicao dos fenmenos da distribuio e do consumo. Desse modo, as categorias clssicas isto , a produo propriamente dita, a circulao, a distribuio e o consumo podem ser estudadas atravs desses dois elementos: fluxos e fixos. Ao associar o social com o natural na composio do espao, Santos (Op. Cit.) diz que o conjunto de fixos, naturais e sociais, forma sistemas de engenharia, seja qual for o tipo de sociedade. (p. 87). Seja na anlise das redes de localidades centrais, de Corra, ou na leitura dos fixos e fluxos, de Santos, ambos os autores apresentam a forma complexa do processo de distribuio de bens materiais e imateriais que sustentam o sistema capitalista. O que preciso ressaltar que o espao predominante em que se manifestam esses fenmenos o espao urbano e sua relao com as cidades contemporneas. Se as cidades contemporneas so, cada vez, mais o espao do capitalismo, pode-se ento dizer que nelas se manifestam todas as suas contradies. Para Santos (2008) esses espaos representados por um sistema de objetos e aes so carregados de ideologias hegemnicas e contra hegemnicas. So espaos, acima de tudo, contraditrios diante da dialtica do capitalismo. Ele mesmo escreveu em outra obra que: o espao que une os homens por conta do sistema produtivo o mesmo espao que os separa por esse mesmo sistema produtivo. (SANTOS, 2004, p. 33). Ento, o espao com seu sistema de objetos e aes atrai o ser humano para se inserir na lgica do capitalismo. Este mesmo espao que exerce fora de atrao e une as pessoas em seu ambiente o mesmo espao que proporciona a segregao das mesmas por conta de suas situaes sociais. AS CIDADES COMO ESPAO DO HEGEMNICO SEGUNDO MILTON SANTOS Se a Geografia uma cincia de objetos, o espao concebido de um sistema de objetos carregados de fora ideolgica (SANTOS, 2008). Essa fora ideolgica se manifesta nas aes humanas que criam os objetos, contudo, estes objetos tambm reproduzem ideologias e permitem a continuidade de tais aes. Partindo dessa premissa, o espao (sistema de objetos) produto social (sistema de aes) e ao mesmo tempo se torna um instrumento de reproduo social. Para tanto, a engenharia espacial qual Santos se refere est carregada de intencionalidades que fazem deste espao um instrumento ideolgico. As aes humanas so carregadas de intencionalidades e estas se apresentam de duas formas bsicas: Aes do cotidiano e as aes hegemnicas. Na sociedade atual, vrias aes so estranhas aos lugares e aos homens, so carregadas de racionalidades e normas hegemnicas que se confrontam com o cotidiano (SANTOS, 2008). Com o sistema de redes que conecta as cidades umas s outras, gerando grande fluxo de idias e mercadorias, os objetos so compartilhados numa dimenso global e numa dimenso local. H, nesse sentido, duas dimenses da fora dos objetos sobre o espao e sociedade: a fora hegemnica que compartilha os objetos globalizados e globalizantes e a fora local, que contrape os objetos mundiais com a exposio e insero de objetos locais. Portanto, nas cidades encontramos espaos contraditrios num mesmo mosaico de paisagens. Se as cidades so conjuntos de objetos e aes que expressam o sistema capitalista e sua ideologia hegemnica. Nessas mesmas cidades encontramos objetos e aes que proporcionam espaos que negam ou contrapem o hegemnico. Contudo, Santos e Silveira (2001) se equivocam ao analisar a fora dos fatores hegemnicos capitalistas sobre o territrio do Centro-Oeste Brasileiro. Os autores tratam a chegada da modernidade em um dado espao passivo e vazio, proporcionando espaos completamente dominados pela hegemonia invasora. Nas reas pouco povoadas do Norte e do Centro-Oeste, a modernidade (referimo-nos aqui modernidade posterior Segunda Guerra Mundial) se implanta sobre o vazio e desse modo no encontra obstculos das heranas. (SANTOS & SILVEIRA, 2001, p. 274) Ao contrrio do que dizem os autores, Goinia, por exemplo, uma metrpole com todos os requintes de uma cidade mundializada, urbana e moderna, porm est carregada de objetos e aes que se traduzem em espaos regionais, rurais e arcaicos com ruralidades nas aes de seus sujeitos (OLIVEIRA, 2008). Essa ruralidade expressa nos espaos goianienses afiram a existncia de movimentos, muitas das vezes involuntrios, de resistncia ao mundo moderno, contemporneo e de sua hegemonia capitalista industrial, portanto, urbana. A teoria de Milton Santos sobre os espaos que expressam a fora da ideologia hegemnica em contradio aos objetos e aes que expressam a resistncia a esta fora ideolgica e criam, portanto, espaos contraditrios num mesmo territrio, precisa ser levada em considerao em todos os ambientes brasileiros e no somente nas regies mais antigas neste processo de urbanizao. O que est no centro da questo, na verdade, a existncia de um sistema de redes que intensificam o fluxo de mercadorias, capitais e relaes sociais gerando sociedades de sujeitos e espaos contraditrios. AS REDES E AS RELAES SOCIAIS NA PS-MODERNIDADE: ESPAO, TEMPO E SUJEITO A sociedade contempornea marcada pela existncia de uma grande camada de sujeitos e instituies que se encontram procura de identidades individuais e coletivas. Sujeitos muitas das vezes carregados de mltiplas identidades (HALL, 1997) que produzem espaos institucionais ou no, tambm carregados de mltiplas dimenses sociais. Assim se caracterizam as cidades contemporneas. Cidades do individualismo-coletivo, se que se pode dizer assim, desse emaranhando de elementos socioespaciais que constituem os espaos urbanos. As cidades das gangues, dos guetos, das tribos, das instituies tradicionais, das novas instituies, dos sujeitos fragmentados e dilacerados diante de um universo de possibilidades ideolgicas que circulam pelas redes de relaes sociais virtuais ou no. Ao falar das transformaes do mundo contemporneo, das novas relaes de trabalho, da economia e do papel das instituies tradicionais da poltica, da religio e do estado, Castells (2003), faz referncia existncia de uma profunda crise nos sujeitos, nos movimentos sociais, nas instituies como famlia, igreja e estado, tidos por muitos filsofos e cientistas como a pilastra de sustentao do sistema capitalista. As mudanas sociais so to drsticas quanto os processos de transformao tecnolgica e econmica. Apesar de todas as dificuldades do processo de transformao da condio feminina, o patriarcalismo foi atacado e enfraquecido em vrias sociedades. Desse modo, os relacionamentos entre os sexos tornaram-se, na maior parte do mundo, um domnio de disputas, em vez de uma esfera de reproduo cultural. Houve uma redefinio fundamental de relaes entre mulheres, homens, crianas e, conseqentemente, da famlia, sexualidade e personalidade. A conscincia ambiental permeou as instituies da sociedade, e seus valores ganharam apelo poltico a preo de serem refutados e manipulados na pratica diria das empresas e burocracias. Os sistemas polticos esto mergulhados em uma crise de legitimidade, periodicamente arrasados por escndalos, com dependncia total de cobertura da mdia e de liderana personalizada e cada vez mais isolados dos cidados. Os movimentos sociais tendem a ser fragmentados, locais, com objetivo nico e efmeros, encolhidos em seus mundos interiores ou brilhando por apenas um instante em um smbolo de mdia. (CASTELLS, 2003, p. 40-41) As cidades que antes expressavam as lutas de classes com territrios bem definidos em que a burguesia e o proletariado se posicionavam e se separava nos espaos urbanos, entre centros e periferias ou bairros burgueses e bairros proletrios, agora se v mergulhada numa imensido de movimentos sociais que se multiplicam e aglutinam, cada vez mais, as massas de sujeitos que buscam uma identidade coletiva. Assim, grupos de hip-hop, homossexuais, torcidas de futebol, pichadores, ambientalistas, feministas, negros entre outros, emergem nas cidades proporcionando a forosa readaptao de grandes grupos sociais tradicionais como os religiosos, os criminosos e os trabalhadores que disputam frente a frente a preferncia dos sujeitos capturados pelos movimentos emergentes e apostam na crise de identidade dos sujeitos contemporneos. Nesse mundo de mudanas confusas e incontroladas, as pessoas tendem a reagrupar-se em torno de identidades primrias: religiosas, tnicas, territoriais, nacionais. O fundamentalismo religiosos cristo, islmico, judeu, hindu e at budista (o eu parece uma contradio de termos) provavelmente a maior fora de segurana pessoal e mobilizao coletiva nestes tempos conturbados. Em um mundo de fluxos globais de riqueza, poder e imagens, a busca pela identidade, coletiva ou individual, atribuda ou construda, torna-se a fonte bsica de significado social. [...] a identidade est se tornando a principal e, s vezes, nica fonte de significado em um perodo histrico caracterizado pela ampla desestruturao das organizaes, deslegitimao das instituies, enfraquecimento de importantes movimentos sociais e expresses culturais efmeras. Cada vez mais, as pessoas organizam seu significado no em torno do que fazem, mas com base no que elas so ou acreditam que so. (ib idem, p. 41) Essa sociedade definida por Castells (Op. Cit.) se materializa no espao, criando formas e contedos que daro vida e movimento s cidades contemporneas. Essa nova sociedade estabeleceu novos paradigmas que desestruturaram as velhas formas de organizao social. Castells (idem) refora e faz questo de destacar o papel tcnico-informacional no processo de expanso desses novos paradigmas por todo o globo. De acordo com o que foi dito por ele, podemos dizer que a rede de comunicao que se criou possibilita que as cidades passem por processos semelhantes de transformao social, uma vez que a troca de informaes uma constante no modelo de convvio social virtual da internet, do rdio, do celular e da TV. Ele faz questo de destacar que: Nossas sociedades esto cada vez mais estruturadas em uma oposio bipolar ente a Rede e o Ser. (ib idem). Para ele: Nessa condio de esquizofrenia estrutural entre a funo e o significado, os padres de comunicao social ficam sobe tenso crescente. E quando a comunicao se rompe, quando j no existe comunicao nem mesmo de forma conflituosa (como seira o caso de lutas sociais ou oposio poltica), surge uma alienao entre os grupos sociais e indivduos que passam a considerar o outro um estranho, finalmente uma ameaa. Nesse processo, a fragmentao social se propaga, medida que as identidade se tornam mais especficas e cada vez meai dceis de compartilhar. A sociedade informacional, em sua manifestao global, tambm o mundo de Aum Shinrikyo (seita Verdade Suprema), da Milcia Norte-americana, das ambies teocrticas islmicas/crists e do genocdio recproco de hutus e tutsis. (ib idem) As anlises feitas por Castells so retratos das cidades contemporneas, pois so nesses espaos que essas esquizofrenias se materializam, criando e recriando espaos contraditrios, ou seja, as cidades mundializam as prticas sociais hegemnicas, no entanto, proporcionam diferentes tipos de resistncias, pois estas acontecem por foras locais. Para Harvey (2009), essas novas formas de estruturas sociais que se manifestam nas cidades contemporneas inauguram a era da ps-modernidade na gesto urbana. O pensamento sobre o planejamento urbano dos tempos modernos trouxeram a para as cidades o comportamento reprimido por foras hegemnicas de controle social pelo espao. Numa abordagem foucaultiana, ele afirma que os padres arquitetnicos e as linhas de desenhos urbanos visavam a criao da cidade ideal do sistema capitalista, aquela que colocava cada qual em seu lugar e que expressaria o bem estar social de todos e, portanto, teria no Estado o seu grande agenciador e/ou controlador. O mundo ps-moderno nega tudo isso. Ele carregado de liberdade de formas e contedo que transformam os espaos urbanos em verdadeiras colchas de retalhos que junta, mas no padroniza suas formas e contedos. Os espaos particulares da cidade so criados por uma mirade de aes, todas elas trazendo a marca da inteno humana. Respondendo a Foucault, De Certeau v a substituio diria do sistema tecnolgico de um espao coerente e totalizante por uma retrica pedestre de trajetrias que tm uma estrutura mtica, compreendida como uma histria construda a baixo custo a partir de elementos tomados de expresses comuns, uma histria alusiva e fragmentria cujas lacunas se confundem com as prticas sociais que ela simboliza. (2009, p. 197). Tendo como fonte, o pensamento de De Certeau, Harvey expressa, quase que de forma semelhante a Castells, como que a sociedade, para ele, ps-moderna se comporta, porm ele busca geografizar sua teoria espacializando esses novos paradigmas, analisando, para isso, as arquiteturas, os movimentos de pessoas e as culturas. Conclui: De Certeau define aqui uma base para a compreenso do fermento das culturas de rua populares e localizadas, mesmo expressas no mbito da estrutura imposta por alguma ordem repressiva abrangente. O alvo, ele escreve, no deixar claro como a violncia da ordem transmutada numa tecnologia disciplinar, mas antes trazer luz as formas clandestinas assumidas pela criatividade dispersa, ttica e paliativa de grupos ou indivduos j presos nas redes da disciplina. A ressurgncia de prticas populares na modernidade cientfica e industrial, ele escreve, no pode ser confinada ao passado, ao campo nem aos povos primitivos, mas est presente no cerne da economia contempornea. Os espaos podem ser libertados mais facilmente do que Foucault imagina, precisamente por que as prticas sociais espacializam em vez de se localizarem no mbito de alguma malha repressiva de controle social. (HARVEY, 2009, p. 197) Diante do exposto, podemos concluir que as cidades contemporneas expressam mais que uma lgica hegemnica da cultura universal da sociedade ps-moderna. Elas so a prpria sociedade fragmentada e doente que se estabeleceu nos ltimos anos. Seus espaos reproduzem as prticas sociais que esto cada vez mais livres de um controle visvel e espacializado como previa Foucault, mas presos de uma vez por todas aos princpios do capitalismo contemporneo, dinmico e avassalador. Presos fragmentao e falta de referenciais coletivos que libertam da alienao social e da conscincia de classe. CONSIDERAES FINAIS As cidades contemporneas, assim como as antigas, ainda continuam sendo o local do controle hegemnico que conservam a diviso da sociedade em classes sociais, mas transforma suas prticas e mtodos de controle social. Cidades de prticas sociais complexas, das mltiplas identidades, dos sujeitos fragmentados que reproduzem espaos esquizofrnicos. Reproduzindo as prticas sociais e se constituindo em espaos de territorialidades diversas, de territrios simblicos e flexveis. As cidades dos espaos rugosos, de formas, estruturas e contedos complexos e multidimensionais em que o rural e o urbano se misturam assim como o sagrado e o profano, o moderno e o arcaico, o controle e a subverso. Enfim, as cidades das antteses materiais e imateriais, de uma cartografia que expressa no somente espaos, mas trajetrias de vidas, ontologias espaciais. Produtos e subprodutos do liberalismo contemporneo, de um capitalismo avassalador de almas que conserva a submisso to forte quanto feudal. De vassalos modernos, donos de uma escravido livre proporcionada pela alienao ideolgica do sistema produtivo capitalista que controla corpos e almas. Cidades contemporneas: lcus do capitalismo ps-moderno. BIBLIOGRAFIA ARRAIS, Tadeu Alencar. Geografia Contempornea de Gois. Goinia: Vieira, 2004 BORGES, Barsanulfo Gomides. O despertar dos dormentes : estudo sobre a Estrada de Ferro de Goias e seu papel nas transformaes das estruturas regionais, 1909-1922. Goinia: UFG, 1990. 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Recebido em 03/0/2010 Aprovado para publicao em 20/07/2011  Por conta da questo de gnero na cincia, vou aqui substituir, nas anlises feita por mim, o termo homem de Milton Santos por ser humano, entendendo ser esta a inteno do autor ao utiliz-lo.     Cidades Contemporneas: Lcus do Capitalismo Ps-ModernoUbiratan Francisco de Oliveira Celene Cunha M. Antunes Barreira Caminhos de GeografiaUberlndiav. 12, n. 38jun/2011p. 75 - 83Pgina  PAGE 83 CAMINHOS DE GEOGRAFIA - revista on line http://www.ig.ufu.br/revista/caminhos.html ISSN 1678-6343Instituto de Geografia  ufu Programa de Ps-graduao em Geografia  Caminhos de GeografiaUberlndiav. 12, n. 38jun/2011p. 75 - 83Pgina  PAGE 75 /3:;<=>]^ٰٟn\J5$ hohoCJOJQJ^JaJ)jhohoCJOJQJU^JaJ#hoho5CJOJQJ^JaJ#hoh W5CJOJQJ^JaJ#hlDh@$5CJOJQJ^JaJ<jhoho0J5;B*CJOJQJU^JaJph ho5;CJOJQJ^JaJ&h>DAh5;CJOJQJ^JaJ)h>DAhz9i56;CJOJQJ^JaJ&h>DAhz9i5;CJOJQJ^JaJ#hlDhYV5CJOJQJ^JaJ ;=>] W }  $6S]6^Sa$gdo 6S]6^Sgdo$6S]6^Sa$gdo$a$gdo$a$gdlD : ; U V M ƴƥq`O`O`>`> hoh0CJOJQJ^JaJ hoh|CJOJQJ^JaJ hohCVCJOJQJ^JaJ hohF ~CJOJQJ^JaJ hohlDCJOJQJ^JaJ#hohF ~5CJOJQJ^JaJho5CJOJQJ^JaJ#hoho5CJOJQJ^JaJ hohoCJOJQJ^JaJ$hoho0JCJOJQJ^JaJ)jhohoCJOJQJU^JaJ < ͼͼyhV@(.hoho5;CJOJQJ^JaJmH sH +hoho5CJOJQJ^JaJmH sH #hoho5CJOJQJ^JaJ hohF ~CJOJQJ^JaJ#hoh c5CJOJQJ^JaJho5CJOJQJ^JaJ hoh cCJOJQJ^JaJ hohL;CJOJQJ^JaJ hoh0CJOJQJ^JaJ hoh`(CJOJQJ^JaJ hoh|CJOJQJ^JaJ hohCVCJOJQJ^JaJ  ()**+.θwbMbMb8b(hohCJOJQJ^JaJmH sH (hoh`(CJOJQJ^JaJmH sH (hoh>ZCJOJQJ^JaJmH sH (hohlDCJOJQJ^JaJmH sH +hoh>Z5CJOJQJ^JaJmH sH +hoho5CJOJQJ^JaJmH sH +hohlD5CJOJQJ^JaJmH sH .hoho56CJOJQJ^JaJmH sH 1hoho56;CJOJQJ^JaJmH sH  )*234?@$%fC $xxa$gdo $ -a$gdo $^a$gdlD$a$gdo $`a$gdlD$a$gdlD6S&dP]6^Sgdo 6S]6^Sgdo$6S]6^Sa$gdo04AB1234>?@֮ֆq[I7)hlDCJOJQJ^JaJ#hlDh4+5CJOJQJ^JaJ#hlDho5CJOJQJ^JaJ+hT>hlD5CJOJQJ^JaJmH sH (hohoCJOJQJ^JaJmH sH "h>ZCJOJQJ^JaJmH sH +hoh>Z5CJOJQJ^JaJmH sH %ho5CJOJQJ^JaJmH sH (hoh`(CJOJQJ^JaJmH sH (hoh>ZCJOJQJ^JaJmH sH (hohM^{CJOJQJ^JaJmH sH @dg&/1_f#$%5Gޫޫޚމ{j\K: hlDh*oCJOJQJ^JaJ hohHCJOJQJ^JaJhECJOJQJ^JaJ hohECJOJQJ^JaJhlDCJOJQJ^JaJ hlDh HJCJOJQJ^JaJ hlDhDCCJOJQJ^JaJ hlDh=V=CJOJQJ^JaJ hlDhqCJOJQJ^JaJ hlDhucpCJOJQJ^JaJ hlDhU )CJOJQJ^JaJ hlDhlVZCJOJQJ^JaJGg&Pefopz$:BC]^fͼͼͼͫxgxgVg hlDh@CJOJQJ^JaJ hlDh!CJOJQJ^JaJ hlDh=V=CJOJQJ^JaJ hlDhCJOJQJ^JaJ hlDhh @CJOJQJ^JaJ hlDh:CJOJQJ^JaJ hlDhECJOJQJ^JaJ hlDh*oCJOJQJ^JaJ hlDhU )CJOJQJ^JaJ hlDh-ZCJOJQJ^JaJ!fuv-DEGHglxʹs`M`M`M`:`$hoh*o@CJOJQJ^JaJ$hoh@CJOJQJ^JaJ$hohL9@CJOJQJ^JaJ hlDhL9CJOJQJ^JaJ#hlDh~5CJOJQJ^JaJ#hlDho5CJOJQJ^JaJ hlDh=V=CJOJQJ^JaJ hlDh@CJOJQJ^JaJ hlDh!CJOJQJ^JaJ#hlDh@6CJOJQJ^JaJ#hlDh!6CJOJQJ^JaJ "%;'a))[+K.133R567799%:&:<$a$gdH $xxa$gdH $`a$gdlD $^a$gdlD$a$gdlD $xxa$gdoxy2 ! 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