History, literature and anachronism since from Latin American magical realism
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v24-n44-2022-66581Keywords:
anachronism, intellectual history, magical realismAbstract
In this article, I deal with the theme of anachronism through the dialogues between history and literature, especially from the works of fiction and essays of writers associated by Latin American magical realism, such as Alejo Carpentier and Gabriel García Márquez. I thus explore aspects of tense and creative discussions about relations concerning texts and contexts by intellectual history. I address the significance of the connection between the vision of reality promoted by this avant-garde literature and the realism of Don Quijote de la Mancha, written by Miguel de Cervantes in the 17th century. Finally, I propose a reflection on the capacity of fiction to continuously modify our conception about the past, the present and the future. My intention is to affirm that historical approach gains by incorporating, as its research problem, the destabilizing character of literature on reality.
Downloads
References
ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. Textos e contextos. In: Zigue-zague: ensaios reunidos (1977-2016). Rio de Janeiro-São Paulo: PUC-Rio/Editora da Unifesp, 2019.
ARRIGUCCI JR., Davi. Entrevista com Davi Arrigucci Jr (com Walter Carlos Costa e Rafael Camorlinga). Fragmentos, n. 27, Florianópolis, jul.-dez. 2004. Disponível em <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fragmentos/article/view/7796/7173>. Acesso em 10 jan. 2022.
AUERBACH, Erich. Mimesis. A representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2015.
Aux lecteurs. Revue de synthèse, v. 107, n. 1-2, Paris, 1986.
BELVEDRESI, Rosa E. ¿Es posible la comprensión histórica sin anacronismo? ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte, v. 23, n. 43, Uberlândia, jul.-dez. 2021. Disponível em <https://seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/64084>. Acesso em 15 jan. 2022.
BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. São Paulo: Brasiliense, 1984.
BORGES, Jorge Luis. Pierre Menard, autor del Quijote. (In: Ficciones). In: Obras completas 1 (1923-1949). Buenos Aires: Sudamericana, 2011.
BORGES, Jorge Luis. Kakfa y sus precursores (“Otras inquisiciones”). In: Obras completas 2 (1952-1972). Buenos Aires: Sudamericana, 2011.
BOURDIEU, Pierre. Les conditions sociales de la circulation internationale des idées. Actes de la recherche en sciences sociales, v. 145, Paris, 2002.
CANDIDO, Antonio. O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1993.
CARPENTIER, Alejo. Lo barroco y lo real maravilloso. In: Tientos, diferencias y otros ensayos. Barcelona: Plaza & Janes, 1987.
CARPENTIER, Alejo. El reino de este mundo. Madrid: Alianza Editorial, 2011.
CORTÁZAR, Julio. Alguns aspectos do conto. In: ARRIGUCCI JR., Davi e CAMPOS, Haroldo de (orgs). Valise de cronópio. São Paulo: Perspectiva, 1974.
COSTA, Adriane Vidal. Intelectuais, política e literatura na América Latina: o debate sobre revolução e socialismo em Cortázar, García Márquez e Vargas Llosa (1958-2005). Tese (Doutorado em História) – UFMG, Belo Horizonte, 2009.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do tempo: História da arte e anacronismo das imagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015.
EDWARDS, Jorge. La aventura del idioma (Discurso de recepción del Premio Cervantes 1999). In: El Quijote en Chile. Santiago de Chile: Aguilar, 2005.
ELÍAS CARO, Jorge Enrique. La masacre obrera de 1928 en la zona bananera del Magdalena-Colombia: una historia inconclusa. Andes, v. 22, n. 1, Salta, jun. 2011. Disponível em <https://www.redalyc.org/pdf/127/12719967004.pdf>. Acesso em 15 fev. 2022.
FEBVRE, Lucien. Le problème de l’incroyance au XVIe siècle: la religion de Rabelais. Paris: Albin Michel, 1947.
FELLIPE, Eduardo Ferraz. A resignação de Sísifo: tradição, cultura política e história na obra do moderno vetusto Alejo Carpentier (1928-1980). Tese (Doutorado em História Social) – USP, São Paulo, 2013.
FLORES, Ángel. Magical realism in Spanish American Fiction. Hispania, v. 38, n. 2, Madrid, mayo 1955.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
FUENTES, Carlos. D. Quixote cruza o Atlântico (entrevista). Folha de S. Paulo, 18 jun. 2005. Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1806200536.htm>. Acesso em 10 dez. 2021.
GARCÍA MÁRQUEZ, Gabriel. Viver para contá-la. Alfragide: Dom Quixote, 2003.
GILMAN, Stephen. Mimesis. La realidad en la literatura (reseña). Nueva revista de Filología Hispánica, v. 6, n. 1, Ciudad de México, 1952.
HARTOG, François. Le miroir d’Hérodote: essai sur la représentation de l’autre. Paris: Gallimard, 2001.
IEGELSKI, Francine. Tempo e memória, literatura e história: alguns apontamentos sobre “Lavoura arcaica”, de Raduan Nassar e “Relato de um certo Oriente”, de Milton Hatoum. Dissertação (Mestrado em Língua, Literatura e Cultura Árabe) – USP, São Paulo, 2006.
IEGELSKI, Francine. História conceitual do realismo mágico: a busca pela modernidade e pelo tempo presente na América Latina. Almanack, n. 27, Guarulhos, 2021. Disponível em <https://periodicos.unifesp.br/index.php/alm/article/view/12029/8472>. Acesso em 10 jan. 2022.
JABLONKA, Ivan. O terceiro continente. ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte, v. 19, n. 35, Uberlândia, jul.-dez. 2017, p. 17. Disponível em <https://seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/41248>. Acesso em 5 jan. 2022.
JACKSON, Luiz Carlos. A tradição esquecida: “Os parceiros do rio Bonito” e a sociologia de Antonio Candido. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.
LACAPRA, Dominick. Repensar la historia intelectual y leer textos. In: PALTÍ, Elias et al. Giro linguístico e historia intelectual. Buenos Aires: Universidad de Quilmes, 1998.
MERLEAU-PONTY, Maurice. De Mauss a Claude Lévi-Strauss. In: MERLEAU-PONTY, Maurice. Os pensadores: textos selecionados. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
PINTO, Júlio Pimentel. Uma memória do mundo: ficção, memória e história em Jorge Luis Borges. São Paulo: Estação Liberdade, 1998.
RAMA, Ángel. El boom en perspectiva. In: RAMA, Ángel (ed.). Mas allá del boom: literatura y mercado. Buenos Aires: Folios, 1984.
RANCIÈRE, Jacques. O conceito de anacronismo e a verdade do historiador. In: SALOMON, Marlon (org.). História, verdade e tempo. Chapecó: Argos, 2011.
Revue d’histoire moderne et contemporaine (Regards sur l’histoire intellectuelle), t. 59, n. 4 bis, Paris, 2012.
RODRIGUES, Luísa Espíndola. O apagamento da história dos vencidos e o dever de memória na obra Cem anos de solidão. Monografia de conclusão de curso em História. UFF, Niterói, 2022.
RODRÍGUEZ-MONEGAL, Emir. Lo real y lo maravilloso en El reino de este mundo. Iberoamericana, v. 37, n. 76-77, Pittsburgh, 1971.
SÁ, Maria Elisa Noronha de (org.). História intelectual latino-americana: itinerários, debates e perspectivas. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, 2016.
SALOMON, Marlon. Entre história das ciências e das religiões: o problema da temporalidade histórica em Lucien Febvre e Alexandre Koyré no entreguerras. História da Historiografia, n. 19, Ouro Preto, dez. 2015. Disponível em <https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/943>. Acesso em 10 jan. 2022.
VARGAS LLOSA, Mario. Uma novela para el siglo XXI. In: CERVANTES, Miguel de. Don Quijote de la mancha. Madrid: Real Academia Espanhola, 2004.
WAIZBORT, Leopoldo. Erich Auerbach sociólogo. Tempo Social, v. 6, n. 1, São Paulo, 2004.
WAIZBORT, Leopoldo. Apresentação. In: WARBURG, Aby. Histórias de fantasmas para gente grande: escritos, esboços e conferências. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
WAIZBORT, Leopoldo. A passagem do três ao um. São Paulo: Cosac & Naify, 2017.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons, adotada a partir da ArtCultura, v. 21, n. 39 (jul.-dez. 2019).
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato. Os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas. O artigo não pode ser usado para fins comerciais. Caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, ele não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.