https://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/issue/feedRevista Heterotópica2024-07-29T17:34:55-03:00Israel de Sáheterotopica@ileel.ufu.brOpen Journal Systems<p>A Análise do Discurso consolidou-se nas últimas três décadas, especialmente no Brasil, como um campo profícuo nos estudos linguísticos que sustentam a articulação de seu objeto, a <em>língua</em>, com a exterioridade. A relação entre língua, sujeito e história, própria dos estudos discursivos, alavancou inúmeras pesquisas e trabalhos que tratam de aspectos e problemáticas caros à sociedade, como a política (o discurso político), a mídia (o discurso midiático), a educação (o discurso pedagógico), a história (os discursos históricos e sociais) etc., articuladas entre si.</p> <p>Nesse cenário, a Revista <em>Heterotópica</em>, criada em 2018 e com a primeira publicação prevista para o primeiro semestre de 2019, surgiu de uma iniciativa do Laboratório de Estudos Discursivos Foucaultianos – LEDIF-UFU visando a contribuir para a difusão e visibilidade dos trabalhos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros em Análise do Discurso e, assim, fortalecer os estudos linguísticos discursivos.</p>https://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/74588Sumário2024-07-27T14:16:55-03:00Israel de Sáisraeldesa@ufu.br2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Israel de Sáhttps://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/71340Cidade, escola e letramentos de reexistência2024-03-18T11:52:27-03:00Ana Luiza Silva Limaaluizaslima@gmail.comWelton Diego Carmim Lavaredaweltonlavareda@ufpa.br<p>Trata-se de uma proposta que analisa a potencialidade didática de letramentos de reexistência, na cena periférica da cidade de Belém do Pará, a partir de enunciados transversais. O processo de teorização dos conceitos ocorrerá por meio de um diálogo entre Souza (2011), Canevacci (2004) e Fiorin (2016) na busca de desmembrar gestos interpretativos que tornem mais amplo o olhar sobre os espaços habitados periféricos de uma dada espacialização urbana em consonância com a sala de aula do 1° ano do Ensino Médio. Para sistematizar a pesquisa, os procedimentos técnicos do estudo têm abordagem qualitativa, tendo como instrumento para a produção dos dados as brechas discursivas deixadas na espacialização “marginal” da cidade. Almeja-se, com este artigo, também repensar estratégias didáticas que aproximem mais o estudante do ambiente escolar e, ao mesmo tempo, fortalecer uma prática de pesquisa ativa à formação da nossa própria subjetividade enquanto pesquisadores mergulhados em espaços notadamente mais plurais.</p>2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ana Luiza Silva, Welton Diego Carmim Lavaredahttps://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/72590Ensino em perspectiva discursiva2024-04-18T15:07:54-03:00Edjane Gomes de Assisassisedjane@hotmail.comAna Maria Nunes dos Santos Clementeanunesdossantosclemente@gmail.com<p>As políticas educacionais passaram por significativas transformações conforme os modelos governamentais em diálogo com as demandas sociais. No campo dos estudos do discurso são emblemáticas as contribuições de teóricos que nos convidam a repensar nossa prática enquanto sujeitos formadores, pois “o que é afinal um sistema de ensino senão uma ritualização da palavra [...] senão a constituição de um grupo doutrinário ao menos difuso?”. (Foucault, 2000. p. 44). À luz da Análise do discurso, na esteira de teóricos como Pêcheux, Foucault, Courtine, dentre outros articuladores do discurso em práticas sociais contemporâneas, nosso artigo compreende um relato de experiência vivenciada em uma escola pública de Fortaleza/CE em uma turma de 8º ano do Ensino Fundamental. Seguindo as diretrizes da BNCC e outros documentos norteadores, utilizamos o gênero podcast em que provocamos uma reflexão sobre um tema complexo presente na prática cotidiana dos alunos – a questão do bullying. Sendo assim, buscamos um alinhamento de conceitos essenciais como: sujeito, poder, disciplina e suas aplicações no ensino. Consideramos, portanto, que os processos de ensino funcionam como dispositivos disciplinas, mas que devem ter como principal objetivo o contínuo exercício de formação cidadã do sujeito em pleno processo de desenvolvimento.</p>2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Edjane Gomes de Assis, Ana Maria Nunes dos Santos Clementehttps://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/71854O discurso transverso e o pré-construído2024-04-15T15:13:05-03:00Isabela Karolina Gomes Ferreira Oliveiraisabela.karolina@hotmail.comJoão Carlos Cattelanjcc.cattelan@gmail.com<p>Esta pesquisa apresenta um recorte das discussões realizadas na dissertação de mestrado que teve como objetivo refletir sobre a problemática relativa ao culto do corpo magro que sobrepaira, impositivamente, sobre o universo feminino. Para isso, com base no dispositivo teórico-metodológico da Análise de Discurso de orientação francesa (AD), em termos de dados empíricos de observação, o estudo se valeu de Sequências Discursivas (SDs) retiradas de depoimentos de mulheres (“ex-gordinhas”) publicados na Revista <em>Women’s Health</em> Brasil. Entende-se, pois, que eles são parte representativa de uma Formação Discursiva (FD) dominante na sociedade que dita o modelo de corpo “ideal”. Através do material selecionado, buscou-se evidenciar como esses sujeitos materializam, no discurso, a ideologia de que são representantes. Para ancorar teoricamente a discussão, procurou-se tentar traçar um paralelo entre os conceitos de Sintagma/Paradigma, oriundos da Linguística Saussuriana, e de Discurso Transverso/Pré-construído, assim como são compreendidos pela AD. Para tanto, retomou-se o empreendimento do linguista suíço para compreender as possíveis (re)formulações de Michel Pêcheux. Por meio das análises realizadas, foi possível perceber que essas mulheres não escolhem de modo aleatório as palavras, as expressões e as preposições que empregam, já que afirmam o que está previsto, isto é, (re)produzem um discurso demarcado e condizente com os princípios ideológicos que as interpelam. Diz-se, então, que os sentidos, os sujeitos (e os seus corpos) são determinados ideologicamente.</p>2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Isabela Karolina Gomes Ferreira Oliveira, João Carlos Cattelanhttps://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/72741Espaço e sentido2024-05-15T11:09:23-03:00Luiza Helena Oliveira da Silvaluiza.silva@ufnt.edu.brSaid Moreira de Araújosaidmoreiraa@gmail.com<p>O artigo faz parte de pesquisa em andamento e que tem como objetivo principal analisar o modo como o espaço escolar é percebido e enunciado em dissertações de mestrado produzidas por docentes que atuam no “chão da escola”. Num primeiro momento, apresenta o que seriam as principais vertentes elaboradas para a problemática do espaço no âmbito da semiótica discursiva. Em seguida, analisa mais detidamente três dissertações, referentes a escolas situadas ao sul do estado do Maranhão. Situadas em regiões periféricas no contexto nacional, no estado ou no espaço da cidade, as dissertações acentuam os problemas que ultrapassam as fronteiras do poder e saber fazer dos docentes. Ora docentes e discentes parecem estar em lados antagônicos, ora a escola cede sua condição de espaço utópico, aquele em que se operam as transformações do sujeito, para outros atores e instituições. A despeito disso, é na dinâmica das lutas e enfrentamentos que os docentes reelaboram suas práticas.</p>2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luiza Helena Oliveira da Silva, Said Moreira de Araújohttps://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/72790Uma análise foucaultiana dos discursos em relação à família produzidos por alunos de Espanhol do Ensino Médio2024-05-22T16:35:19-03:00Priscila Marinhopsmarinho9@gmail.com<p>O conceito de família burguesa, que se apresenta de modo tão naturalizado no pensamento comum, é atravessado por formações discursivas (Foucault, 2014 [1969]) que legitimam toda uma engrenagem técnica e disciplinar, apoiadas em estratégias de poder que garantem, desse modo, a produção de todo o corpo social, ou seja, a produção de toda a sociedade, configurando-se no “biopoder” (Foucault, 2002 [1971]; 2013a [1975]; 2013b [1977]), isto é, o poder sobre a vida, sobre a maneira de ser, de viver, de funcionar socialmente. Este artigo, ancorado na linha teórica da Análise de Discurso de linha francesa, objetiva discutir o modelo familiar que se estabeleceu a partir da ascensão da burguesia, tendo como aporte teórico o estudo desenvolvido pelo historiador Philippe Ariès (2014 [1978]), que analisa os conceitos de família desde a Idade Média até a época moderna. Alinhado a esta perspectiva, enfocaremos o pensamento foucaultiano refletindo acerca de algumas noções postuladas pelo filósofo, tais como as relações de poder-saber, corpo-alma, dentre outros conceitos pertinentes, ofertando, para tanto, alguns trechos analíticos de produções escritas realizadas por alunos de ensino médio através da imagem de uma família, nas quais podemos examinar os discursos desses sujeitos em relação a esta noção.</p>2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Priscila Marinhohttps://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/72411Teoria e prática de leitura2024-05-15T11:09:59-03:00Valéria de Cássia Silveira Schwuchowvaleriadcss@gmail.comEzequiel Nunes Piresnuneseze@gmail.comSolange Mittmannsolnena@hotmail.com<p style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 0cm 2.0cm;"><span style="color: black;">Apresentamos neste artigo o relato do trabalho em uma disciplina sobre ensino da leitura, que faz parte da estrutura curricular do curso de licenciatura em Letras de uma universidade federal. A disciplina propõe a leitura como objeto de reflexão teórica e pretende oferecer aos futuros docentes subsídios teóricos como suporte para a prática de leitura e para o seu ensino. Para isso, auxilia na construção de um referencial teórico sobre a prática da leitura que sustente o seu ensino, instiga a reflexão sobre os desafios do ensino da leitura e da produção textual, e propõe a elaboração de atividades de leitura e de produção. O relato descreve dois momentos de oferta da disciplina: nos semestres 2021/1 e 2023/1 e apresenta um conjunto de seis oficinas de leitura elaboradas pelas turmas. O relato é circunscrito, na introdução e no fechamento do artigo, pelo olhar discursivo materialista sobre a leitura e o ensino da leitura.</span></p>2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Valéria de Cássia Silveira Schwuchow, Ezequiel Nunes Pires, Solange Mittmannhttps://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/73050A prática de ensino/aprendizagem da técnica de escrita para roteiro linear e não linear2024-05-15T11:08:02-03:00Vanda Maria de Sousavandamariasousa62@gmail.com<p>O presente artigo propõe a reflexão sobre a relação entre linguagem, sujeito e história no contexto do ensino-aprendizagem de roteiro audiovisual digital. Partindo da chamada que solicita a tematização de práticas discursivas no ensino formal e não formal, investigamos como é que os processos de subjetivação instaurados por essas práticas se manifestam neste campo específico. Abordamos a importância da Análise de Discurso brasileira como referencial teórico, especialmente, para questionar e problematizar o suposto efeito de transparência entre o discurso e ensino. Por meio de uma análise crítica, exploramos de que modo as práticas discursivas formais (e não formais), presentes no processo de ensino/aprendizagem da técnica de escrita de roteiro, contribuem para a construção de identidades, evidenciando as relações contraditórias e desiguais das forças institucionais (e não institucionais). Ao analisar a relação entre o político e o simbólico no processo de ensino-aprendizagem, investigamos os processos de identificação e filiação histórica dos sentidos, destacando a complexidade das relações entre linguagem, sujeito e história neste contexto específico e que nos permitirá apresentar uma nova metodologia não formal para o ensino/aprendizagem da técnica de escrita de narrativas audiovisuais digitais.</p>2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Vanda Maria de Sousahttps://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/74591Discurso e ensino2024-07-27T14:22:22-03:00Janete Silva dos Santosjanete.santos@ufnt.edu.brNilsa Brito Ribeironilsa@unifesspa.edu.brJoão de Deus Leitejoao.leite@ufnt.edu.br2024-07-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Janete Silva dos Santos, Nilsa Brito Ribeiro, João de Deus Leite