ASPECTOS DO LEGADO CARTESIANO NA TEORIA DA LINGUAGEM
DOI:
https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v25nEspeciala2011-06Palabras clave:
Lógica. Filosofia da Linguagem. Descartes. Port-Royal. Século XVII.Resumen
* Professor Associado de Lógica, Filosofia da Ciência e Filosofia da Linguagem do Instituto de Filosofia e do Programa de Mestrado em Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia
Aspectos do legado cartesiano na teoria da linguagem
Resumo: Desenvolveram-se no passado - e continuam sendo desenvolvidas no presente - várias tentativas, diversas entre si, de fundamentar uma posição única que julga ser possível identificar, em todas as línguas naturais, uma estrutura básica, sempre idêntica, e de natureza lógica. Se essa for uma meta passível de ser alcançada, então, será necessário admitir tanto a existência de princípios que regulem o funcionamento de tais línguas, como, também, que esses princípios sejam oriundos da Lógica. Com base em um texto do linguista francês Oswald Ducrot, intitulado Sobre um mau uso da lógica (D'un mauvais usage de la logique), este trabalho pretende apresentar resumidamente duas das mencionadas tentativas. Elas foram elaboradas em épocas diversas e são diferentes os argumentos destinados a sustentá-las. A primeira é originária do século XVII francês e o seu alicerce teórico é a célebre dupla formada pela Lógica e pela Gramática de Port-Royal. Obras em que a influência de Descartes é um fato histórico bem estabelecido. A segunda é recente e o seu fundamento teórico é a Lógica Contemporânea. O objetivo e o pressuposto, enunciados acima e compartilhados pelas duas propostas, criam um vínculo entre a tradição cartesiana, presente em Port-Royal, e a concepção mais tardia, justificando, assim, a sua inclusão neste texto.
Palavras-chave: Lógica. Filosofia da Linguagem. Descartes. Port-Royal. Século XVII.
Résumé: On a developpé au passé - et on continue à développer au présent - plusieurs et diverses tentatives de fonder une position unique qui juge être possible d.identifier, dans toutes les langues naturelles, une structure basique, toujours identique et de nature logique. Si ceci est un but accessible, il faut donc admettre autant l'existence des principes qui règlent le fonctionnement de telles langues, autant que ces principes soient issus de la Logique. D.après un texte du linguiste français Oswald Ducrot, intitulé D'un mauvais usage de la logique, cette étude a l.intention de présenter en résumé deux des tentatives mentionées. Elles furent conçues en diverses périodes et les arguments destinés à les soutenir sont différents. La première est originaire du XVII siècle français et sa fondation théorique est le célèbre paire formé par la Logique et par la Grammaire de Port-Royal - oeuvres dont l.influence de Descartes est un fait historique bien établi. La deuxième est récente et son fondement théorique est la Logique contemporaine. L'objectif et la présupposition énoncés ci-dessus et partagés par les deux propositions, créent un lien entre la tradition cartésienne présente dans Port-Royal, et la conception plus tardive, en justifiant ainsi, son inclusion dans ce texte.
Mots clé: Logique. Philosophie du langage. Descartes. Port-Royal. XVIIe siècle.
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